Epidemiologia de Rickettsias do grupo da febre maculosa no estado de Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Almeida, Robson Ferreira Cavalcante de
Orientador(a): Silva, Renato Andreotti e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1884
Resumo: Os carrapatos são parasitas acarídeos que transmitem agentes patogênicos capazes de exercer efeitos prejudiciais à saúde de seus hospedeiros, dentre eles, bactéria gram-negativas do gênero Rickettsia spp., que são responsáveis por zoonoses emergentes de importância global. No presente estudo, foi realizado levantamento epidemiológico para identificação de Rickettsia spp. do grupo da febre maculosa em carrapatos de hospedeiros domésticos, silvestres e do meio ambiente no município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Foram coletados e classificados 3131 carrapatos, sendo 2015 capturados em hospedeiros na área urbana e 1116 na área peri-urbana. Os carrapatos foram avaliados por meio de teste de hemolinfa e por reação em cadeia da polimerase utilizando os primers CS 78/CS 323 e as amostras positivas foram submetidas a uma segunda reação em cadeia da polimerase para amplificação do gene ompA, utilizando os primers Rr 190.70p e Rr 190.602n. Todas as amostras de hemolinfa analisadas foram negativas e os resultados da reação em cadeia da polimerase identificaram como positivas para Rickettsia spp., quatro amostras de A. nodosum coletados de Tamandua tetradactyla e uma amostra de Rhipicephalus sanguineus coletada de cão. Os produtos da reação em cadeia da polimerase foram purificados e sequenciados e a análise filogenética baseada na sequência do gene ompA demostrou que a amostra oriunda de Amblyomma nodosum esta segregada no mesmo cluster que Rickettsia parkeri cepa cooperi, com valor de bootstrap de 78%, podendo ser considerada Rickettsia parkeri-like. A análise da amostra de R. sanguineus mostrou ter homologia de 100% com outras sequências de R. rickettsii disponíveis no GenBank e está inclusa no mesmo cluster de isolados de R. rickettsii detectados em Amblyomma spp. no Brasil e de R. rickettsii e Rickettsia philipii encontrados em Dermacentor spp. nos Estados Unidos da América. Este trabalho relata pela primeira vez, no Município de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, região Central do Brasil, a infecção natural de A. nodosum por Rickettsia parkeri-like e de R. sanguineus por R. rickettsii, importantes agentes causadores de doenças em seres humanos.