Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Eberhardt, Leonardo Dresch |
Orientador(a): |
Stotz, Eduardo Navarro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/51841
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Resumo: |
A presente pesquisa trata de uma experiência de construção compartilhada de conhecimentos em saúde com participação dos operários metalúrgicos de Campinas e Região. O objetivo é estudar o enfrentamento operário e sindical ao processo de desgaste dos metalúrgicos de Campinas e Região, no âmbito das transformações produtivas e da implantação da reforma trabalhista a partir da crise econômica desencadeada no Brasil entre 2014 e 2017. Trata-se de uma pesquisa de campo cuja coleta de dados inclui a realização de entrevistas, pesquisa documental e observação participante no período de 2019-2021. Os resultados indicam o processo em curso de ofensiva do capital sobre os trabalhadores, com imposições de perdas salariais e de direitos na legislação e nas negociações coletivas, intensificação da exploração do trabalho, aumento da produtividade e demissões. Elementos que apontam para a alteração no perfil epidemiológico dos trabalhadores nos períodos subsequentes, com recrudescimento do desgaste físico e, sobretudo, mental. Principalmente a partir da reforma trabalhista de 2017, a ofensiva patronal inclui o questionamento à cláusula de estabilidade aos trabalhadores lesionados/adoecidos, com redução permanente e parcial da capacidade laboral, cuja defesa nas negociações coletivas constituiu a prioridade nas lutas do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e Região. Além de defender a cláusula, a luta operária e sindical enfrenta o descumprimento da legislação de saúde e segurança do trabalho e a descaraterização da relação entre adoecimento e trabalho pelas empresas e pelo Estado. Durante a pandemia do novo coronavírus, os trabalhadores estão expostos ao contágio nas fábricas. As medidas estatais e empresariais de redução de jornada e salários e suspensão dos contratos constituem um laboratório para o desenvolvimento e aprofundamento de formas de intensificação da exploração que estão na determinação histórica e social do desgaste operário. Partindo da experiência do Sindicato, caracterizamos a saúde como luta e ressaltamos o protagonismo operário na produção de conhecimentos e luta pela saúde, bem como a centralidade da saúde operária nos conflitos entre capital e trabalho. |