Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Gama, Sueli Rosa |
Orientador(a): |
Carvalho, Marilia Sá,
Carvalho, Letícia de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/20941
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Resumo: |
A crescente prevalência de excesso de peso em crianças é um dos principais problemas atuais de saúde pública. Seus determinantes são complexos, e envolvem múltiplos níveis, do indivíduo ao microambiente; do complexo agroindustrial às políticas públicas; do nível socioeconômico ao capital social. A complexidade evidente do problema nos conduziu a uma abordagem sistêmica com o objetivo de entender as relações entre esses diversos componentes. Com base na concepção desse modelo teórico sistêmico, o estudo analisa os dados de uma coorte de crianças, moradoras de Manguinhos, uma comunidade carente localizada na Zona Norte do município do Rio de Janeiro, que teve início em 2004, com seguimentos em 2008 e 2012. Na presente tese foram incluídas as crianças entre 5 e 9 anos de idade, pré-púberes. O tema foi analisado sob dois enfoques: da economia e das ciências sociais, tendo gerado dois artigos. No primeiro artigo comparou-se o gasto efetuado com a alimentação da criança com o preço de uma alimentação saudável, usando alimentos comumente consumidos pelo grupo estudado. Observou-se alto dispêndio com produtos ultra processados, determinantes do excesso de peso, e um valor total maior que a estimativa do custo com uma alimentação de acordo com o Guia Alimentar para População Brasileira. Os ultraprocessados, mesmo tendo baixo preço unitário são consumidos em grandes quantidades, o que eleva o gasto das famílias. No segundo artigo, que associa a autoimagem corporal com o IMC, verificou-se que a criança com sobrepeso se vê menor quando comparada ao IMC observado. Esta percepção da sua imagem corporal pode ser resultado de um padrão estabelecido culturalmente no ambiente familiar e de vizinhança. Este padrão é possivelmente fruto de uma relação que associa corpo grande com status, ou seja, um componente de capital simbólico. Esse achado deve ser levado em consideração, levando-se em conta as intervenções individuais visando o controle da obesidade. Esses resultados sinalizam para o desenvolvimento de estratégias baseadas em um conhecimento sólido, não apenas do lado macrossocial, mas também do cotidiano das pessoas que vivem em regiões urbanas vulneráveis, tendo em vista que poderão fornecer apoio nesses locais onde a obesidade cresce. |