Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Genteluci, Gabrielle Limeira |
Orientador(a): |
Villas bôas, Maria Helena Simões |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/39414
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Resumo: |
Acinetobacter spp. tem sido cada vez mais relatado como importante patógeno hospitalar no mundo inteiro. Entre as espécies desse gênero, A. baumannii tem se destacado, sendo responsável por infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). No Brasil, esse micro-organismo é um motivo de preocupação por conta da sua alta prevalência no ambiente hospitalar e multirresistência a antimicrobianos. De acordo com o último relatório da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2013, A. baumannii foi classificado como o quarto patógeno mais prevalente entre os pacientes de unidades de terapia intensiva (UTI). Neste estudo, tivemos como objetivos confirmar a identificação de 92 isolados de A. baumannii coletados de dois hospitais públicos do Rio de Janeiro, durante um período de um ano, utilizando testes bioquímicos e métodos moleculares. Além disso, caracterizar fenotipicamente e molecularmente a resistência a antimicrobianos, determinar a diversidade genética e avaliar fatores de virulência desses isolados. A análise da sequência do gene rpoB foi realizada para confirmar a identificação da espécie A. baumaunnii de todos os isolados. Além disso, em 93,5% (n=86) dos isolados, foi verificado o perfil de multirresistência (MDR). Dentre os isolados MDR, 93% (n=80) foram resistentes aos carbapenemas (imipenem e meropenem) e 80,2% (n=69) foram resistentes a polimixina B, para esse antimicrobiano os isolados apresentaram valores de Concentração Inibitória Mínima entre 4-64 g/mL. Por PCR, verificamos que todos os isolados estudados possuíam o gene blaOXA-51 e o gene da sequência de inserção ISAba1, 93,5% (n=86) dos isolados apresentaram o gene blaOXA-23 e não houve detecção dos genes blaOXA-24, blaOXA-58 e blaOXA-143. Dentre os 12 isolados sensíveis ao imipenem, 41,6% (n=5) apresentaram o gene blaOXA-51, o blaOXA-23 e o ISAba1. Através da análise do polimorfismo genético desses isolados por PFGE, observamos a presença de 22 clones (A ao U), sendo dois clones prevalentes, o A (30,4%, n=28) e o B (18,5% n=17), que estavam presentes nos dois hospitais estudados. A capacidade dos 92 isolados formar biofilme também foi avaliada, nesse estudo, observamos a produção de biofilme em 79,3% (n=73) dos isolados. Um isolado representativo de cada clone prevalente (A e B) e de quatro clones esporádicos (C, D, E e F) foram selecionados para a avaliação do grau de associação por microscopia óptica às células A-549 e HEp-2. De maneira geral, foi observada maior associação dos isolados às células HEp-2. Após realizarmos o ensaio de contagem das unidades formadoras de colônia (UFC), podemos sugerir que os isolados de A. baumannii são capazes de aderir, mas não invadir as células HEp-2. Por fim, quando avaliamos a viabilidade celular por reação enzimática de redução do sal metiltetrazólio (MTT), notamos resultados condizentes com os observados pela microscopia óptica. Esse estudo pode auxiliar no monitoramento da resistência, conhecimento da epidemiologia molecular e compreensão da patogenicidade de A. baumannii. A partir dos resultados obtidos, medidas de controle podem ser implementadas para proteger e promover a saúde da população. |