Estudo da biologia e da histopatologia da infecção por Echinostoma paraensei (Platyhelminthes: Echinostomatidae) em Biomphalaria glabrata isolado de Sumidouro – RJ, Biomphalaria tenagophila isolado do Taim – RS e Biomphalaria tenagophila isolado de São José dos Campos – SP (Mollusca: Planorbidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Santos, Michele Maria dos
Orientador(a): Maldonado Junior, Arnaldo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7966
Resumo: Estudos acerca da interação molusco-parasito são relevantes para o entendimento dos mecanismos pelos quais algumas espécies ou linhagens de moluscos apresentam-se resistentes ou suscetíveis à infecção a determinados trematódeos. Neste trabalho, Biomphalaria glabrata (isolado do município de Sumidouro, RJ) e as linhagens Biomphalaria tenagophila (isolado do município de São José dos Campos, SP) e Biomphalaria tenagophila (isolado da Reserva do Taim, RS) foram observados após a infecção por Echinostoma paraensei quanto à mortalidade, taxa de infecção, fecundidade e fertilidade. Além disso, estudos histológicos foram realizados no intuito de observar a reação do sistema de defesa interno destes hospedeiros ao parasito. Em relação à suscetibilidade, B. glabrata (SU) foi a mais suscetível, tendo moluscos eliminando cercárias em todas as doses de miracídios, seguida por B. tenagophila (Taim) e B. tenagophila (SJC). A taxa de infectividade foi maior na primeira espécie seguida por B. tenagophila (Taim). Nestas a infectividade se mostrou dependente da dose de miracídios utilizada, ou seja, quanto maior a dose de miracídios, maior a taxa de moluscos infectados. Por outro lado, B. tenagophila (SJC) foi a menos suscetível, apresentando a menor taxa de infectividade, a qual foi dependente da dose de miracídios utilizada. Em relação à mortalidade, B. tenagophila (Taim) apresentou as menores taxas, seguida por B. glabrata (SU). Entretanto B. tenagophila (SJC) apresentou as maiores taxas de mortalidade. As doses de miracídios utilizadas não influenciaram no número de cercárias eliminadas. A fecundidade e fertilidade foram influenciadas pela infecção. Nos moluscos que eliminaram cercárias houve uma redução na fecundidade e na fertilidade, enquanto a maioria dos moluscos que não eliminou cercárias apresentou fecundidade e fertilidade similares às dos controles não expostos a miracídios, suportando a hipótese de interferência parasitária na biologia do molusco.