Monitoramento da população de Biomphalaria tenagophila (Gastropoda, Planorbidae) em Bananal-SP no período de 2013 – 2015, após a introdução da linhagem do Taim-RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Almeida, Fernanda Luiza de lattes
Orientador(a): Rosa, Florence Mara lattes
Banca de defesa: Pereira Júnior, Olavo dos Santos lattes, Thiengo, Silvana Aparecida Rogel Carvalho lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7112
Resumo: No presente estudo, a eficácia do novo modelo de controle biológico na transmissão da esquistossomose foi avaliada em uma coleção hídrica do município de Bananal-SP. Esse modelo, consiste na introdução em larga escala de espécimes da linhagem B. tenagophila do Taim (resistente) com a finalidade de transmitir a sua resistência, de caráter dominante, a populações de B. tenagophila (suscetíveis) do córrego Herivelto Martins. Para avaliar o efeito dessa introdução sobre os níveis de suscetibilidade da população de Bananal, foi conduzido um estudo durante o período de 2013 a 2015. Os parâmetros analisados foram as taxas de suscetibilidade e a presença do marcador molecular típico da linhagem do Taim (350 pb). Os resultados obtidos mostraram que os descendentes dos moluscos coletados 40 e 64 meses após a introdução, que foram submetidos aos testes de infecção com a cepa SJ de S. mansoni, apresentaram taxas de suscetibilidade de 17,3% e 40,54%, respectivamente. Esses dados indicam diferenças significativas na suscetibilidade dos moluscos quando comparados com as taxas do grupo controle, 34,6% e 68,08%, respectivamente. Foi observado um aumento na suscetibilidade no grupo de moluscos analisados após 64 meses, bem como no seu grupo controle. Nesse estudo não foi possível avaliar as taxas de infecção dos descendentes dos moluscos coletados aos 52 meses. Apenas os testes moleculares foram realizados, sendo todos exemplares negativos para a presença do marcador de 350 pb. Por outro lado, esse marcador estava presente respectivamente em 26.92% e 11.76% das amostras analisadas após 40 e 64 meses da intervenção. A redução no volume do córrego Herivelto Martins, entre os anos de 2014 e 2015, causada por baixa precipitação anual, reduziu a densidade populacional dos moluscos. Entretanto, a presença do patrimônio genético da linhagem do Taim, indica o sucesso da introdução, mostrando a eficácia desse formato de controle da esquistossomose.