Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Célia Regina de |
Orientador(a): |
Chór, Dora |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4941
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Resumo: |
Os programas de screening de câncer de mama representam uma estratégia efetiva para a redução de sua incidência e mortalidade. Nas últimas décadas, a importância das relações sociais na preservação da saúde vem sendo amplamente discutida, principalmente nos países desenvolvidos. Nesse contexto, inúmeros estudos epidemiológicos têm investigado a influência de características do ambiente psicossocial no risco de adoecer e de morrer, nos comportamentos relacionados à saúde e na utilização de serviços. Dentre essas características, destaca-se o conceito de apoio social que, no caso desse estudo, envolve as dimensões de apoio material, afetivo, emocional, de informação e interação positiva. O objetivo dessa investigação foi identificar associação entre a prevalência da prática do auto-exame das mamas e cinco diferentes dimensões de apoio social, entre as funcionárias de uma universidade no Rio de Janeiro. As perguntas relativas ao apoio social e a freqüência do AEM foram incluídas em um questionário estruturado auto-preenchido, na primeira etapa de coleta de dados de um estudo de coorte, com 4030 funcionários técnico-administrativos (sendo 2240 mulheres). A freqüência da prática relatada de AEM foi particularmente elevada entre as funcionárias do hospital universitário. Considerando-se o conjunto das funcionárias, a maior parcela (43%) informou realizar AEM “todo mês” ou “quase todo mês” e 24% informaram praticá-lo “raramente” ou “nunca”. A confiabilidade teste-reteste dessa informação foi alta: coeficiente kappa = 0,82 (IC95%:0,74-0,89). As respostas às perguntas que constituíram cada uma das cinco dimensões de apoio social compuseram escores, cuja distribuição apresentou concentração nos valores mais altos (médias próximas a 80 pontos). Mesmo assim, foi possível discriminar subgrupos que apresentavam diferentes prevalências da prática de AEM segundo tercis dos escores de apoio social. A prevalência da prática referida de AEM variou de forma direta com o nível dos cinco escores das dimensões de apoio social. Em cada dimensão, a chance de praticar AEM foi duas vezes maior entre as funcionárias situadas no tercil mais alto de apoio, comparadas às funcionárias situadas no tercil mais baixo. Tendo o mesmo grupo de referência, as funcionárias situadas no nível intermediário dos escores (2º tercil) apresentaram chance 50% maior de praticar AEM. A consistência dos resultados encontrados nas cinco dimensões permite concluir que níveis diferenciados de apoio social podem influenciar práticas de cuidados com a saúde como o AEM. |