Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Angélica Castanheira de |
Orientador(a): |
Nóbrega, Armi Wanderley da,
Cardoso, Maria Helena Wohlers Morelli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60252
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Resumo: |
O Brasil está entre os países que mais utilizam agrotóxicos no mundo. No entanto, ainda que as crianças sejam mais susceptíveis à toxicidade de resíduos e contaminantes químicos em alimentos, não há dados sobre resíduos de agrotóxicos na alimentação infantil brasileira. Assim, até o momento, não foram realizados no país estudos de avaliação destes resíduos na dieta de crianças. O objetivo deste estudo foi avaliar os resíduos de agrotóxicos na alimentação infantil e seus impactos sobre a saúde, abordando análises químicas e toxicológicas. Para isso, foram identificados os alimentos mais consumidos pela população infantil do município do Rio de Janeiro e foram avaliados resíduos de até 312 agrotóxicos em 155 amostras analisadas por cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada à espectrometria de massas sequencial, além dos ditiocarbamatos, analisados por espectrofotometria (n=32) e cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (n=25). Para avaliar os efeitos tóxicos das diferentes concentrações de determinados agrotóxicos e a interação entre múltiplos resíduos nas amostras, foi verificada a viabilidade das linhagens celulares HEK-293, THP-1 e J774A.1 após 24 horas de exposição, por ensaio colorimétrico de redução de MTT. Foram analisadas amostras de banana, laranja, maçã, mamão, melancia, leite/fórmula infantil, cereal infantil, arroz e feijão. Foram encontrados resíduos de agrotóxicos em 83 % das amostras. Dentre essas, 78 % apresentaram múltiplos resíduos, com até 15 substâncias em uma amostra. Os ditiocarbamatos foram identificados em 72 % das amostras, sendo 5 % com concentrações elevadas. O cálculo do índice de risco indicou potencial risco à saúde infantil, principalmente para crianças abaixo de seis anos (até 20 kg). As análises toxicológicas mostraram imunotoxicidade relevante do mancozebe em concentrações inferiores às encontradas nas amostras e confirmaram que a interação de múltiplos resíduos de agrotóxicos pode gerar efeitos não previstos, modificando completamente os limites de toxicidade das substâncias isoladas. Os resultados indicam que o uso inadequado e/ou indiscriminado de agrotóxicos pode representar riscos, principalmente às crianças, e deve ser uma questão de saúde pública, com ações de vigilância sanitária no sentido de proteção e promoção da saúde infantil e coletiva |