Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Mendonça, Edson Beyker de |
Orientador(a): |
Rolla, Valeria Cavalcanti,
Vizzoni, Alexandre Gomes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49271
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Resumo: |
Introdução: A anemia é uma condição comum no momento do diagnóstico de tuberculose (TB) com estimativas de prevalência variando de 9,5% a 96%, dependendo do local, população e desenho do estudo. Há poucos estudos no Brasil descrevendo a anemia na TB. Objetivo: Descrever a prevalência da anemia no momento do diagnóstico de TB classificando-a em relação à gravidade e características morfológicas, além de identificar fatores associados à sua ocorrência. Metodologia: É um estudo transversal retrospectivo em pacientes com idade \2265 18 anos diagnosticados com TB entre 2015 e 2018. Foram excluídos aqueles que receberam transfusão sanguínea ou tratamento para TB nos últimos 4 meses, as forma clínicas de difícil diagnóstico como cutânea, óssea, ocular, renal, mamária, além dos casos sem resultados de hemograma e/ou sem dados socioeconômicos, demográficos ou clínicos necessários para avaliação de fatores associados. A anemia e sua gravidade foram definidas usando valores da hemoglobina (Hb), conforme orientações da Organização Mundial da Saúde. Sua classificação morfológica foi feita seguindo recomendações do Conselho Internacional de Padronização em Hematologia (ICSH). As análises estatísticas de fatores associados à anemia foram realizadas no software SPSS (versão 22) Resultados: Dos 328 pacientes revistos, 70 foram excluídos, restando 258 participantes. A prevalência de anemia foi de 61,2% (sendo 27,5% leve, 27,5% moderada e 6,2% grave). Entre os anêmicos, 60,8% tiveram anemia normocítica normocrômica e 27,8% microcítica hipocrômica. Não houve macrocitose em nenhum dos participantes. A anemia mostrou-se associada com história de perda de peso maior que 10%, hospitalização, coinfecção HIV-TB (com maior frequência entre aqueles que interromperam ou ainda não tiveram tratamento antirretroviral e com contagem de CD4 <200 cels/µL), contagem aumentada de plaquetas e microcitose. Discussão/conclusão: A anemia tem alta prevalência no momento do diagnóstico da TB predominando a normocítica normocrômica e as formas leve e moderada. Mostrou-se associada a piores condições clínicas, sugerindo que possa ser usada como biomarcador de gravidade da TB. |