Análise das atividades e condições de trabalho do nutricionista egresso da Universidade Federal de Ouro Preto/MG: subsídios para a construção de indicadores qualitativos de satisfação profissional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Rodrigues, Karla Meneses
Orientador(a): Waissmann, William
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5366
Resumo: O presente estudo objetiva elaborar um perfil profissional e descrever as condições de trabalho dos nutricionistas egressos da Universidade Federal de Ouro Preto/MG, em suas diferentes áreas de atuação. Para tanto, optamos pela realização de uma investigação baseada em metodologia quanti-qualitativa de pesquisa, desenvolvida em duas etapas: numa primeira etapa, realizamos a aplicação de questionários estruturados a totalidade dos profissionais formados por esta Universidade no período de 1994 a 2001 (N=356); e, num segundo momento, realizamos entrevistas semiestruturadas com catorze profissionais, selecionados dentre o universo de respondentes dos questionários (n=90), com o objetivo de aprofundarmos algumas questões levantadas na primeira etapa. A análise dos questionários identificou que a maioria dos profissionais atua na área da Nutrição Clínica (67%), seguida de Alimentação Coletiva (54%), Docência (14%) e por fim, Nutrição Social (11%), esses números levam em consideração que 59% atuam em duas ou mais áreas. Dos respondentes, 57% afirmaram desejar permanecer na área que estavam atuando. Dos 33% que desejavam mudar de área de atuação, os nutricionistas da Alimentação Coletiva foram aqueles que se mostraram mais dispostos a exercer a Nutrição em outro setor (44,5%). No outro extremo, tivemos os nutricionistas docentes, onde apenas 7,6% demonstraram vontade de atuar em outro setor. A Docência e a Nutrição Social apareceram, respectivamente, em primeiro e segundo lugar como as áreas de trabalho mais almejadas pelos profissionais que relataram interesse em mudar de setor. Com a análise das entrevistas, pudemos observar alguns dos principais determinantes desta vontade de mudar de área de atuação. Para os entrevistados, a autonomia frente à organização do trabalho e o reconhecimento – por parte dos pacientes/comensais e dos colegas de trabalho – dos seus saberes mostraram-se mais importantes para esta situação do que o vínculo de trabalho e a remuneração. Tais resultados contrastaram com os pressupostos iniciais do estudo que consideravam estes dois últimos fatores como determinantes principais de satisfação profissional. A partir da análise das condições de trabalho do nutricionista egresso da UFOP em suas diferentes áreas de atuação, acreditamos ser possível subsidiar a construção de indicadores qualitativos de satisfação profissional, apontando, ainda, para a possibilidade de reprodução deste cenário em nível nacional.