Rotatividade dos profissionais de enfermagem durante a fase de implementação de uma Instituição de saúde de alta complexidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Baia, Wania Regina Mollo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-14012015-172505/
Resumo: Introdução: O desenvolvimento desta pesquisa aborda as questões relacionadas à rotatividade dos profissionais de enfermagem durante a fase de implementação de uma Instituição oncológica. Objetivos: Subsidiar, após o reconhecimento situacional, um plano factível de retenção de pessoal de enfermagem. Método: Trata-se de pesquisa de abordagem quanti-qualitativa do tipo Estudo de Caso, composto por duas etapas: quantitativa, em que foi calculada a taxa de rotatividade e de variação do quadro dos profissionais de enfermagem, por categoria profissional, nos anos de 2008 a 2011 e; qualitativa, em que foi realizada a análise das 598 entrevistas de desligamento, referentes ao mesmo período. A análise e a interpretação dos dados tiveram como base a análise de conteúdo segundo Bardin. Os dados qualitativos foram subsidiados por duas grandes vertentes, sendo que a primeira vertente compreendeu as seguintes Categorias Analíticas: condições de trabalho; remuneração e benefícios; chefia e treinamento e desenvolvimento. A segunda vertente de análise, composta pelas Categorias Empíricas, advindas dos discursos das entrevistas de desligamento: dinâmica de trabalho; condições de trabalho; capacitação e treinamento; relacionamento com colegas de trabalho e relacionamento da chefia com subordinado. Resultados: Os resultados permitiram, segundo a análise quantitativa verificar que as taxas de rotatividade acumuladas, no período de 2008 até 2011, foram elevadas, podendo-se ressaltar que o déficit de pessoal, a cada ano, se tornou evidente, visto que as admissões eram realizadas, porém não se alcançava a meta de contratação do número de profissionais programado por ano, devido aos constantes desligamentos dos profissionais de enfermagem. A análise qualitativa das 598 entrevistas de desligamento (442 de profissionais demissionários e 156 de demitidos) mostrou que entre os principais motivos dos desligamentos destacam-se a insatisfação referentes à: remuneração e benefícios; transferência de setor; promoção interna e de plano de carreira e relacionamento da chefia com subordinados. A análise das Categorias Empíricas permitiu resgatar, além dos itens já destacados nas Categorias Analítícas, outros motivos/causas de desligamento, sendo: nova proposta de trabalho; carga horária; horário de trabalho e dinâmica de trabalho, sendo que, neste último item, os discursos revelaram que os profissionais sentem dificuldades e sofrem para se adaptarem à rotina de um hospital oncológico. Os discursos relacionados à sobrecarga de trabalho e à pressão no cuidado do paciente oncológico foram descritos como fatores geradores de estresse e, considerados como relevantes e determinantes dos desligamentos. Conclusão: Este estudo, além de explicar o ônus que a rotatividade de pessoal de enfermagem traz para a Instituição, para a gerência e para a assistência, mostra, também, como o profissional percebe e sofre com essa problemática decidindo, em última instância, pelo seu desligamento da Instituição. Com os dados encontrados será possível subsidiar um plano factível de retenção de profissionais de enfermagem de um hospital oncológico