Análise espacial da leptospirose na cidade de Salvador-Bahia, no período de 1996-2006

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Nunes, Fabíola da Cruz
Orientador(a): Carvalho, Marilia Sá
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5313
Resumo: A leptospirose, uma das zoonoses mais difundidas no mundo, é um importante problema de saúde pública, sobretudo em países de clima tropical onde é responsável por surtos da doença logo após o período de maior precipitação pluvial. Em Salvador, a leptospirose tem sido a causa de epidemias cíclicas associadas às chuvas no ambiente urbano. As condições climáticas e a crescente pobreza urbana têm contribuído para o aparecimento de grandes surtos associados à alta letalidade a cada ano, durante o mesmo período sazonal e acometendo os mesmos grupos de risco dentro das comunidades das favelas urbanas. O objetivo dessa dissertação é descrever a distribuição espacial dos casos de leptospirose, buscando identificar áreas de risco para ocorrência da doença, na cidade de Salvador, no período de 1996 a 2006, segundo fatores sócio-econômicos e ambientais. Como metodologia, utilizou-se a técnica de análise espacial de Kernel, que consiste na criação de uma razão entre duas superfícies que permite visualizar a superfície de risco da doença, onde o numerador compreende os casos e o denominador um Kernel da população dos setores censitários. Através deste método foi possível delimitar áreas de maior densidade de casos, e compará-las visualmente com áreas consideradas de risco para ocorrência da doença, ou seja, onde há presença de favelas, menor proporção de coleta de lixo e maior proporção de chefes de família com renda média de 1 salário mínimo. Comparando os períodos de chuva com os períodos de seca, durante os anos do estudo, verificou-se a presença de padrão espacial semelhante nos dois períodos, sobreposto às áreas de maior risco para ocorrência da doença.