Hipertensão arterial e déficit cognitivo em idosos: um estudo caso-controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Cavalini, Luciana Tricai
Orientador(a): Vaitsman, Jeni
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4784
Resumo: Foi realizado um estudo caso-controle para avaliar a associação entre hipertensão arterial e disfunção cognitiva. Idosos (com 65 anos e mais) de um ambulatório especializado tiveram sua função cognitiva avaliada pelo Mini Exame do Estado Mental. Entrevista e revisão de prontuários possibilitaram a classificação do estado de exposição. Hipertensos há cinco anos ou mais foram classificados como expostos; os demais, como não expostos. Foram igualmente considerados, para a análise, o tempo de diagnóstico e a idade ao diagnóstico de hipertensão arterial, e o tratamento anti-hipertensivo. Informações sobre co-variáveis foram também coletadas. No grupo de estudo – 99 casos e 208 controles – a hipertensão arterial não se mostrou associada à disfunção cognitiva nos idosos entre 65 e 79 anos (OR = 1,21; IC 95% = 0,58 – 2,55). Entre aqueles com 80 anos ou mais, a HAS mostrou forte associação inversa (OR = 0,32; IC 95% = 0,13 – 0,76). Esta associação entre hipertensão arterial e déficit cognitivo nos muito idosos mostrou-se relacionada ao menor tempo de diagnóstico (OR = 0,27; IC 95% = 0,09 – 0,81) e ao diagnóstico de hipertensão arterial tardio (aos 70 anos ou mais) (OR = 0,29; IC 95% = 0,10 – 0,80). Não foi encontrada associação entre o tratamento anti-hipertensivo e a disfunção cognitiva, em ambos os estratos de idade. Os resultados de associação inversa entre hipertensão arterial e déficit cognitivo em relação aos muito idosos confirmam a hipótese de outros autores de que, para esses, um certo nível de pressão arterial é necessária para manter a função cognitiva. No entanto, erros de classificação e informação não podem ser excluídos como explicação alternativa dos resultados.