Resumo: |
A especialidade do médico-sanitarista passou por inúmeras transformações ao longo de sua história. Atualmente insere-se na área de conhecimento denominada Saúde Coletiva e caracteriza-se por sua natureza multiprofissional e interdisciplinar. No entanto, os dados empíricos que dispomos e analisamos apontam para uma perda significativa do interesse dos médicos recém-formados por esta carreira. Tornar-se médico-sanitarista e buscar espaço no mercado de trabalho como tal, deixaram de ser atrativo, tanto do ponto de vista econômico-financeiro, como do social e cultural, não representando mais uma verdadeira área de atuação profissional. Os fatores mais recorrentes para esta perda de interesse refere-se, principalmente, às características adquiridas pela ocupação, baixos salários, perda de status no setor público, falta de incentivo na graduação, entre outras. O reconhecimento de uma prática profissional burocratizada, o afastamento da relação médico-paciente e a “multiprofissionalidade” são características marcantes da área e que, na opinião de estudantes, interferem negativamente na escolha da sua especialidade. Embora a saúde pública tenha sofrido desprestígio como área de atuação profissional, para o jovem médico, ela tem ganhado importância como campo de conhecimento e de prática a serem incorporadas no cotidiano profissional. Isto indica uma tendência a ser explorada pela saúde coletiva para que seja redefinido o papel e as funções “modernas” que um médico-sanitarista deveria desempenhar. |
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