Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lana, Rosana Silva |
Orientador(a): |
Dias, Edelberto Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34408
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Resumo: |
O município de Ipatinga, MG, foi caracterizado pelo Ministério da Saúde como área de intensa transmissão de leishmaniose visceral (LV), inclusive com ocorrência de óbitos. Assim, o objetivo deste trabalho foi estudar os aspectos ecoepidemiológicos da LV (fauna flebotomínica, infecção natural, reservatório doméstico e casos humanos). Para o estudo entomológico, foram selecionados 10 bairros com maior ocorrência de casos humanos de LV. As capturas entomológicas foram realizadas durante 12 meses (03/ 2015 a 02/2016) e todas as fêmeas capturadas foram submetidas à tested/PCR e sequenciamento para detecção e identificação da espécie de Leishmania. Para o estudo canino, foi realizado inquérito sorológico utilizando como diagnóstico o Dual Path Plataform (DPP) (triagem) e o Enzyme-Linked Immunosorbent Assay (ELISA)(confirmatório). 44 cães soropositivos foram necropsiados e com amostras de pele e medula foram realizados imprints/esfregaços, mielocultura e PCR. Todos os casos humanos e caninos de LV ocorridos no período de estudo foram georreferenciados e construídos mapas de distribuição, visando identificar as áreas de risco para LV. Foram capturados 1.501 exemplares de flebotomíneos, distribuídos em 16 espécies. Ressaltamos o encontro de Lutzomyia longipalpis (61,9%), Nyssomyia whitmani (1,2%) e Nyssomyia intermedia (0,9%), espécies de importância médica. A taxa mínima de infecção natural por Leishmania em flebotomíneos ficou em 0,3%. Foram examinados 9.136 cães, destes 1.355 foram soropositivos para LV (14,8%). Nos estudos moleculares e parasitológicos, a pele apresentou maior positividade (95,5% e 54,5%) em relação à medula (68,2%, e 50,0%), já na mielocultura a positividade foi de 66,67%. Após o sequenciamento confirmamos que a espécie encontrada nos flebotomíneos e reservatórios foi Leishmania infantum. Portanto, devido à alta densidade vetorial, infecção por Leishmania, expressiva taxa de infecção canina e registros de casos humanos de LV, é importante intensificar/modificar as ações de controle, principalmente nos bairros com maior risco de transmissão. |