Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Mariana Dantas da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-02092019-083347/
|
Resumo: |
Introdução: A leishmaniose visceral é causada por Leishmania infantum e tem Lutzomyia longipalpis como o principal vetor no Brasil. Análises químicas de feromônios produzidos por machos da espécie sugerem que Lu. longipalpis é um complexo de espécies, formado por quatro quimiotipos: 3α-himachaleno, (S)-9-metilgermacreno-B, cembreno-1 e cembreno-2. No estado de São Paulo, dois quimiotipos estão presentes: (S)-9-metilgermacreno-B e cembreno-1, e é notável a rápida expansão urbana de ambas populações, associada à LV, tanto canina como humana. Por outro lado, a LV associada à população cembreno-1 de Lu. longipalpis tem um perfil mais rural e está relacionada a população canina. Na dinâmica de transmissão da LV é reconhecido o papel do cão doméstico (Canis familiaris) como fonte de infecção para os flebotomíneos e a presença de cães infectados tem sido apontada como fator de risco para a LV em humanos. Todavia, o papel de outras populações de animais presentes em áreas urbanas é desconhecido. Gatos (Felis catus) frequentemente estão presentes em domicílios e infecções destes animais com Le. infantum têm sido relatadas, mas o seu papel como fonte de infecção para os flebotomíneos não está esclarecido. Objetivo: Investigar aspectos ecológicos relacionados ao potencial de duas populações do complexo Lu. longipalpis: (S)-9-metilgermacreno- B e cembreno-1, em se infectarem por Le. infantum, com base em infecção natural ou se alimentando em modelo artificial, e também para a população (S)-9-metilgermacreno-B alimentando em modelo animal representado por gatos comprovadamente infectados por Le. infantum. Métodos: Foram realizadas capturas nos municípios de Dracena e Valinhos, no estado de São Paulo, para obtenção de amostras das duas populações alvo do estudo para a investigação de infecção natural, realização de infecção experimental por meio de alimentação sanguínea em modelo artificial e animal. Resultados: A infecção natural foi detectada apenas na população de Lu. longipalpis cembreno-1, com taxa de 4,4%. Nos experimentos de infecção em modelo artificial as duas populações de Lu. longipalpis apresentaram infecção após o repasto. Nas fêmeas que realizaram repasto sanguíneo em gatos infectados não foram observadas formas flageladas. Conclusão: A detecção de fêmeas naturalmente infectadas no município de Valinhos sugere um alto risco de transmissão de leishmaniose na área de estudo. As populações utilizadas no estudo não apresentaram diferenças na susceptibilidade de infecção por Le. infantum em modelo artificial. Gatos infectados por Le. infantum não se mostraram como fonte de infecção para Lu. longipalpis no xenodiagnóstico. |