Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Amanda Cristina de Souza |
Orientador(a): |
Peixoto, Sérgio William Viana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12280
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Resumo: |
A prática regular de atividade física é um fator importante na prevenção de agravos à saúde. Entretanto, ainda uma pequena parcela da população é considerada fisicamente ativa. Atributos do ambiente nos quais as pessoas vivem, bem como suas percepções sobre estes, podem contribuir para a promoção da prática de atividade física. O objetivo deste estudo é investigar a associação entre atividade física de lazer (AFL) e características contextuais medidas a partir da percepção do ambiente social e físico, nos diferentes níveis socioeconômicos (NSE). Este estudo faz parte do inquérito domiciliar, Estudo Saúde em Beagá (2008-2009), realizado em dois dos nove Distritos Sanitários de Belo Horizonte. Os dados foram obtidos a partir de um delineamento amostral probabilístico, estratificado, e em conglomerados em três estágios (setor censitário, domicílio e um morador adulto). O nível de AFL foi obtido com base na versão longa do Questionário Internacional de Atividade Física e classificado segundo o ponto de corte de 150 minutos por semana. Para compor os dados individuais foram utilizadas informações demográficas, econômicas, características sociais, de estilo de vida e saúde. Variáveis do ambiente social e físico foram obtidas a partir de escalas originadas da percepção dos atributos da vizinhança (escalas de Serviços, Mobilidade, Estético e Coesão social e Segurança). A associação entre AFL e características individuais e de contexto foi estimada a partir de modelos de regressão logística multinível para cada estrato de NSE. Participaram deste estudo 3.597 adultos (maiores de 18 anos) distribuídos em 149 setores censitários. Verificou-se que a prevalência de ativos no lazer na população total foi de 30,2%, sendo menor entre aqueles com NSE baixo (20,2%), igual a 25,4% no NSE médio e 40,6% no NSE alto. Maior percepção de coesão social e pior percepção da avaliação de serviços na vizinhança associaram-se a AFL para o estrato socioeconômico mais baixo, mesmo após o ajuste pelas características individuais. Os achados do presente estudo sugerem que a coesão social é um fator contribuinte na promoção da prática de AFL em grupos mais desfavorecidos economicamente, reforçando a necessidade de se estimular ações que possam incrementar as relações sociais nessa população. A pior percepção dos serviços disponibilizados na vizinhança entre os indivíduos ativos sugere que estes tem uma percepção mais apurada dos serviços disponibilizados na vizinhança, em comparação com indivíduos inativos, além da possibilidade de confusão residual ocasionada pela posição social dos indivíduos. |