O CAPS fora de si: um estudo sobre a atenção à crise no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Elia, Daniel Duba Silveira
Orientador(a): Azevedo, Creuza da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24421
Resumo: O processo da Reforma Psiquiátrica no Brasil avançou bastante, principalmente depois da lei 10.216, de 2001. Trata-se de um processo complexo, com muitas características particulares e bastante vigoroso. Para além da mudança de um modelo de assistência, o que se propõe é, acima de tudo, a superação da lógica que regula a relação da loucura no campo social. Propõe-se, portanto, a superação da lógica manicomial pela lógica da atenção psicossocial. Conforme este processo avança, ele também se depara com dilemas fundamentais. Consideramos que um destes dilemas é o modo como o campo da saúde mental enfrenta as situações de pacientes em crise. Este é um desafio crucial, pois temos observado que é um momento em que os típicos recursos manicomiais que se deseja superar são ativados. Diante disto, optamos por pesquisar como tem sido a atenção à crise em saúde mental no Rio de Janeiro. Este trabalho consiste, portanto, numa pesquisa de campo, a partir da metodologia da observação participante, sobre como um CAPS da cidade tem atuado na atenção à crise. Procuramos as bases teóricas que poderiam nos ajudar, como a Psiquiatria Democrática Italiana, a Psiquiatria Preventiva, fontes teóricas sobre os diferentes sentidos do termo crise em saúde mental, além de uma revisão bibliográfica sobre a produção acadêmica recente sobre a Reforma Psiquiátrica Brasileira e a construção dos CAPS. Na nossa pesquisa de campo, procuramos compreender as noções que orientam as práticas, as próprias intervenções clínicas e a forma como o CAPS se relaciona com a rede de saúde mental e o território.