Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Machado, Jéssica Laís Couto |
Orientador(a): |
Gomes, Régis Bernardo Brandim,
Werneck, Guilherme Loureiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/53301
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Resumo: |
A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa tropical, negligenciada, causada pelo parasita do gênero Leishmania e que representa um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. No Brasil, é uma zoonose transmitida pela picada de fêmeas infectadas do vetor Lutzomyia longipalpis, sendo o cão considerado o principal reservatório para a Leishmania infantum. O Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral no Brasil, entre outras medidas, recomenda a avaliação sorológica periódica dos cães seguida da remoção e eutanásia dos cães soropositivos nas áreas de transmissão moderada ou intensa. Teresina, capital do estado do Piauí, é uma área endêmica da doença há quase 50 anos e a prevalência da infecção canina por L. infantum não tem mostrado redução substancial ao longo dos anos. Assim, estudos epidemiológicos para avaliar as ações de controle atualmente em uso são essenciais neste contexto, visando um planejamento que resulte na implantação de medidas preventivas mais efetivas. Este estudo tem por objetivo avaliar a ocorrência da leishmaniose visceral canina (LVC) em regiões endêmicas na cidade de Teresina-PI, no período de 2014 a 2018 e sua relação com as medidas de controle implementadas pela Gerência de zoonoses de Teresina (Gezoon). Os dados da LVC foram obtidos por meio dos inquéritos sorológicos caninos realizados pela Gezoon. A distribuição da LVC nas regiões endêmicas da cidade foram apresentadas em gráficos de tendência em cada região dos bairros endêmicos: Angelim, Dirceu e Santa Maria da Codipi, assim como, a quantidade de imóveis que tiveram o controle vetorial e imóveis que tiveram recusa em participar dos inquéritos. Foram avaliadas as correlações e a porcentagem das recusas. A LVC continua apresentando um perfil endêmico nas áreas de estudo de Teresina, devido a quantidade de casos sorologicamente positivos encontrados. A maior proporção encontrada foi na região da Santa Maria da Codipi no ano de 2015 apresentando 16,8%, seguido da região do bairro Angelim que em 2016 apresentou 14,3% de proporção. Um fator preocupante para o controle da LVC é a recusa dos tutores de animais em participarem dos inquéritos, a região do bairro Angelim apresentou a maior quantidade de recusas em todos os anos de estudo, em 2018 com 21,5% de recusas. Outro fator de preocupação foram as dificuldades operacionais encontradas na avaliação das ações do programa de controle da LV, que interferem diretamente na análise da efetividade do programa. Este trabalho traz algumas importantes reflexões sobre a importância dos programas de controles da LVC/LVH, evidenciando os benefícios, mas também os problemas encontrados pelos profissionais de saúde, que trabalham nesta tão importante doença que acomete não somente a capital Teresina, mas o estado, o Nordeste, o Brasil e o mundo |