Estudo da susceptibilidade de Lutzomyia (L.) longipalpis com diferentes espécies de Leishmania

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pires, Ana Clara Araújo Machado
Orientador(a): Secundino, Nágila Francinete Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/9936
Resumo: Estudos da interação Leishmania-flebotomíneo constituem um importante campo de pesquisa, já que podem contribuir com o conhecimento dos processos envolvidos na transmissão do parasito e na epidemiologia das Leishmanioses. Diante da não existência de uma vacina efetiva contra a doença e de uma variedade limitada de drogas para o tratamento, detalhes de todos os aspectos da interação parasito-vetor são desejáveis para a formulação de novas estratégias de controle contra o protozoário e o vetor. Algumas espécies de flebotomíneos mostram notável especificidade para os parasitos de Leishmania transmitidos na natureza, enquanto outras espécies podem se infectar, experimentalmente, por mais de uma espécie de parasito. À essas últimas têm sido sugerido o termo "Vetores Permissivos”. Ainda não se sabe ao certo como funciona a interação Vetores Permissivos-Leishmania, mas acredita-se que o mecanismo de adesão do parasito ao intestino médio dos vetores permissivos seja diferente dos Vetores Naturais. O trabalho aqui apresentado descreve o desenvolvimento de quatro espécies distintas de Leishmania (Leishmania (Leishmania) major, Leishmania (Leishmania) amazonensis, Leishmania (Viannia) braziliensis e Leishmania (Leishmania) chagasi) em Lutzomyia (Lutzomyia) longipalpis, considerado um vetor permissivo. Esse desenvolvimento foi acompanhado utilizando a técnica de infecção experimental com três diferentes doses de parasitos (4x107, 2x107, 1x107). Os intestinos médios dos flebotomíneos infectados foram analisados no 2º e 6º dias após a infecção experimental. O sangue ainda está presente no intestino do vetor no 2º dia após a infecção, mas se encontra totalmente digerido no 6º dia. Foi observado que após a digestão sanguínea, em todas as diferentes doses utilizadas, o inseto suporta a infecção por L. (L.) chagasi, L. (L.) major e L. (L.) amazonensis, mas não por L. (V.) braziliensis que foi capaz de se desenvolver no vetor apenas na dose mais alta (4x107), mas com uma média de infecção baixa. Leishmania (L.) amazonensis e L. (L.) major mostraram uma média de 7000 parasitos quando utilizamos a menor dose, porém não podemos afirmar que estas espécies são capazes de transmitir a doença.