Estudos sobre algumas populações brasileiras de Lutzomyia (Lutzomyia) longipalpis (Lutz & Neiva, 1912) (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae): morfologia, morfometria e hábitos alimentares
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3863 |
Resumo: | Lutzomyia (Lutzomyia) longipalpis (Lutz & Neiva, 1912) possui ampla distribuição no território brasileiro e está incriminada como transmissora da Leishmania (Leishmania) infantum chagasi (Cunha & Chagas 1937). Considerando a discordância de informações quanto à hipótese de L. (L.) longipalpis ser ou não um complexo de espécies em relação às populações brasileiras, e que informações sobre a biologia deste flebotomíneo, ainda, são insuficientes para o sucesso das ações de controle da LVA, o objetivo deste trabalho foi o de contribuir com o conhecimento de algumas populações brasileiras de L. (L.) longipalpis de Teresina (PI), Jequié (BA), Sobral e Massapê (CE) (as duas últimas foram consideradas quatro populações, de acordo com o padrão de manchas abdominais nos machos), estudando a morfologia e morfometria de espécimes adultos machos, e os hábitos alimentares das fêmeas. Na morfologia e morfometria foram considerados 21 caracteres, distribuídos pela cabeça, tórax e abdome, analisados pelos testes ANOVA e Student-Newman- Keuls (SNK) e para conhecimento das fontes alimentares utilizou-se a técnica de ELISA. Os dados obtidos através da morfologia revelaram, nas seis populações analisadas, exemplares com um par e dois pares de manchas abdominais, havendo sempre a predominância de machos da forma um- par . A fórmula palpal mais freqüente foi 1.2.4.3.5; outras duas fórmulas, também, foram observadas, ainda que em poucos exemplares, 1.4.2.3.5 e 1.(2.4).3.5. Na análise morfométrica, através do teste de SNK foram encontradas uniões, disjunções e intersecções entre as populações analisadas. Baseado na análise de seis caracteres foi possível observar que as populações de Jequié e Teresina formavam um conjunto disjunto daqueles formados pelas populações do Ceará. Na população de Jequié, quando comparada às populações do Ceará (Massapê e Sobral), pode-se observar que 79 a 95% dos caracteres revelaram diferenças significativas. Através da ANOVA, no cruzamento entre as populações do Ceará, foram detectadas poucas diferenças significativas. O dendograma gerado a partir do programa TFPGA, revelou separação entre as populações do Ceará e as demais, bem como evidenciou as populações de Sobral, S1P e S2P, em ramos isolados. Valores de bootstrap demonstraram que as populações do Ceará (S1P, S2P, M1P e M2P) e Teresina/ Jequié constituem ramos isolados, com um nível de confiança de 100%. As populações de Sobral, S1P e S2P se apresentaram como ramos isolados, com bootstrap de 53%. Com relação aos estudos das fontes alimentares, foram testadas 609 fêmeas, obtendo-se um índice geral de positividade de 40,72%. No município de Jequié, as fêmeas revelaram maior positividade para o anti-soro de ave, seguido de humano, cão e de gambá. Em Teresina obteve-se o mais alto índice de positividade, embora com reatividade, apenas, para o anti-soro de ave (maior percentual), seguido do anti- soro de cão. Nos flebotomíneos procedentes de Sobral, mais uma vez, o anti-soro de ave revelou maior percentual de positividade, seguido de cão e gambá. Nos espécimes procedentes de Massapê foi encontrada a maior diversidade de combinações de fontes alimentares, sendo esta a única população que obteve reatividade para todos os anti-soros. Também, em Teresina, Jequié e Sobral, foram identificadas fêmeas com reatividade para mais de um anti-soro. |