Fatores associados a microalbuminária em pacientes com hipertensão arterial resistente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Fernandes, Aline Silva
Orientador(a): Coutinho, Evandro da Silva Freire
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4830
Resumo: INTRODUÇÃO: A microalbuminúria (MA) é um reconhecido marcador de complicações cardiovascular e renal, tanto em indivíduos hipertensos quanto diabéticos. Pouco se conhece sobre o papel da MA na severidade da hipertensão arterial, e os estudos são escassos na abordagem da relação entre a MA e medidas da pressão arterial (PA), avaliadas pela monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). OBJETIVO: Identificar os fatores associados à MA em indivíduos com hipertensão arterial resistente. MÉTODOS: A excreção de albumina urinária (UAE) foi avaliada em 187 pacientes (138 mulheres e 49 homens) com hipertensão arterial resistente em tratamento individualizado com anti-hipertensivos e acompanhamento clínico e laboratorial, com a monitorização ambulatorial da pressão arterial por 24 horas. A associação entre UAE e as variáveis clínicas, laboratoriais e medidas da PA foi investigada através da comparação de médias, analise de correlação, regressão logística e análise discriminante. RESULTADOS: A MA foi detectada em 55 pacientes (29,4%) hipertensos resistentes. Na análise bivariada, a UAE foi positivamente associada com a PA e pressão de pulso de 24 horas, vigília e sono. O descenso noturno da PA não diferiu entre os grupos. Pacientes com MA apresentaram uma redução significante no HDL-colesterol. Na regressão logística a PA sistólica de 24 horas (OR: 1,046; IC 95%: 1,026-1,067); o HDLcolesterol (OR: 0,956; IC 95%: 0,926-0,988); a creatinina sérica (OR: 4,517; IC 95%: 1,442- 14,150); e o diabetes mellitus (OR: 2,636; IC 95%: 1,183-5,876) foram as variáveis associadas independentemente com a UAE. CONCLUSÃO: Os resultados confirmam uma elevada prevalência da MA em pacientes com hipertensão arterial, como reportado por estudos prévios. O controle da pressão arterial, principalmente da PA sistólica de 24 horas é primordial para a redução da MA, assim como a identificação precoce de indivíduos com MA é de suma importância pela sua associação com dano cardiovascular e renal, principalmente em indivíduos hipertensos que não apresentam um controle pressórico adequado, fato estabelecido na hipertensão arterial resistente.