Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Wittke, Estefania Inez |
Orientador(a): |
Gus, Miguel |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/16851
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Resumo: |
Introdução: Tem sido demonstrada uma associação entre a variabilidade da pressão arterial avaliada por diferentes índices e lesão em órgão-alvo, independentemente dos valores de pressão arterial. O índice tornozelo-braquial (ITB) é útil no diagnóstico de doença arterial oclusiva periférica, sendo reconhecido como marcador de aterosclerose sistêmica. Objetivo: Avaliar a associação entre três diferentes métodos de estimar a variabilidade da pressão arterial sistólica (taxa de variação da pressão no tempo - índice "time-rate", coeficiente de variabilidade, desvio padrão das médias da pressão arterial sistólica de 24 horas) e o índice tornozelo-braquial (ITB). Métodos: Em um estudo transversal, pacientes atendidos no ambulatório de hipertensão realizaram medida de ITB e Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial de 24 horas (MAPA). Três parâmetros de variabilidade foram avaliados: o índice "time-rate" definido como a primeira derivada da pressão arterial sistólica em relação ao tempo; desvio padrão (DP) das médias da pressão arterial sistólica (PAS) de 24 horas e coeficiente de variabilidade (CV=DP/média pressóricaX100%). O ITB aferido por doppler foi obtido pela razão entre a maior pressão arterial sistólica do tornozelo ou pediosa e a maior pressão sistólica dos braços. O ponto de corte para o diagnóstico de doença arterial periférica foi ITB <= 0,90 ou>= 1,40. Resultados: A análise incluiu 425 pacientes: 69,2% eram do sexo feminino, com idade média de 57±12 anos, 26,1% eram tabagistas e 22,1% tinham diabetes mellitus. ITB alterado foi detectado em 58 pacientes (13,6%). Para os grupos ITB normal e anormal o índice "time-rate", DP das médias e CV foram: 0,469±0,119 mmHg/min e 0,516± 0,146 mmHg/min (p=0,007); 12,6±3,7 mmHg e 13,2±4,7 mmHg (p=0,26); 9,3±2,9% e 9,3±2,6 % (p=0,91), respectivamente. No modelo de regressão logística, o "time-rate" foi associado com ITB, independentemente da idade (RR=6,9; 95% IC= 1,1-42,1; P=0,04). Em modelo de regressão linear múltipla demonstrou-se uma associação independente da idade, PAS de 24 horas e presença de diabetes mellitus. Conclusão: O índice "time-rate" foi o único parâmetro de variabilidade da pressão arterial sistólica associado com índice tornozelo-braquial e pode ser utilizado na estratificação de risco em hipertensos. Este parâmetro de variabilidade obtido por método não invasivo deve ser melhor investigado em estudos prospectivos. |