Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Ana Paula Nascimento |
Orientador(a): |
Maldonado Júnior, Arnaldo,
Olifiers, Natalie |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37814
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Resumo: |
O filo Acanthocephala é caracterizado por não possuir trato digestório e por apresentar na região anterior uma probóscide munida de ganchos que retrai-se para dentro de um receptáculo. Este grupo é dividido em quatro classes Archiacanthocephala, Palaeacanthocephala, Eoacanthocephala e Polyacanthocephala baseado em características morfológicas, biológicas e ecológicas. Dentre os filos dos helmintos estudados em mamíferos brasileiros, o filo Acanthocephala se destaca por apresentar lacunas no que se refere às informações taxonômicas, filogenéticas e ecológicas. O objetivo geral deste trabalho foi realizar a taxonomia integrativa dos acantocéfalos recuperados em mamíferos das famílias Procyonidae, Myrmecophagidae e Cricetidae de diferentes regiões geográficas do Brasil, armazenados e disponibilizados pela coleção do Laboratório de Biologia e Parasitologia de mamíferos Silvestres Reservatórios (LABPMR) utilizando características morfologicas, moleculares e ecológicas. Os acantocéfalos recuperados foram identificados através da microscopia de luz (ML) e por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Foi também realizada a análise filogenética molecular dos acantocéfalos com os marcadores moleculares do gene ribossomal da subunidade maior (28S rRNA) e do gene mitocondrial citocromo oxidase da subunidade 1 (MT-CO1). Além disto, foi determinada a prevalência e abundância dos ovos de Acanthocephala através da análise coproparasitológica de fezes de quati Nasua nasua e de cachorro-do-mato Cerdocyon thous, avaliando a influencia dos fatores bióticos e abióticos na infecção Os espécimes de acantocéfalos foram descritos e identificados em duas novas espécies Pachysentis n. sp. (Archiacanthocephala: Oligacanthorhynchidae) parasitando Nasua nasua (quati) proveniente do Mato Grosso do Sul do bioma Pantanal e Moniliformis n. sp. (Archiacanthocephala: Moniliformidae) em Necromys lasiurus (ratinho-do-cerrado) da região de Uberlândia, Minas Gerais do bioma Cerrado; e redescrita a espécie Gigantorhynchus echinodiscus (Archiacanthocephala: Gigantorhynchidae) em Myrmecophaga tridactyla (Tamanduá-bandeira) da Estação Ecológica Santa Bárbara, São Paulo, bioma cerrado. As análises filogenéticas moleculares sugeriram que a espécie G. echinosdichus está relacionada com Mediorhynchus sp. formando um grupo monofilético, assim como Moniliformis n. sp. está relacionado com as espécies do gênero Moniliformis também formando grupo monofilético. A análise ecológica foi realizada com 118 amostras fecais de 55 espécimes de cachorro-do-mato e 72 amostras fecais de 61 espécimes de quatis sugerindo a influência da sazonalidade na abundância dos acantocéfalos para ambos os hospedeiros e que os atributos relacionados ao hospedeiro como sexo e idade também constituíram fatores importantes associados à prevalência e às cargas parasitárias. O presente trabalho acrescentou informações morfológicas, moleculares e ecológicas, enfatizando a importância de adotar abordagem da taxonomia integrativa nos estudos com Acanthocephala. |