Caracterização dos efeitos tóxicos do 1,2-dihidroxibenzeno em células do sistema nervoso central: investigação do efeito protetor de derivados de plantas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Góes, Lizandra Moreira
Orientador(a): El-Bachá, Ramon dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7303
Resumo: Catecóis são derivados do benzeno, podendo apresentar citotoxicidade, que pode constituir um modelo experimental útil para o desenvolvimento de novos fármacos. No bioma brasileiro inúmeras plantas produzem metabólitos com atividades diversas, como antioxidantes, ou inibidores do crescimento celular. No Brasil, as neoplasias são a segunda causa de óbito, especialmente aquelas derivadas do sistema nervoso, aumentando o interesse por novos antineoplásicos e agentes neuroprotetores. Este trabalho caracteriza efeitos citotóxicos do 1,2-dihidroxibenzeno (CAT) e discretamina (DSC) em células do sistema nervoso in vitro. Determinou-se a EC50 de CAT e DSC usando brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazolium (MTT), investigou-se sua auto-oxidação por espectrofotometria, avaliou-se mudanças morfológicas e condensação/fragmentação nuclear por microscopia. Avaliou-se a proteção de DSC e 8-metoxipsoraleno (8-MOP) contra a citotoxicidade do CAT. O padrão de morte celular foi analisado por citometria de fluxo. A espoliação de glutation reduzido (GSH) foi analisada usando monoclorobimano. A toxicidade do CAT para células SH-SY5Y e C6 depende da dose e associa-se à formação de quinonas. Houve mudanças morfológicas, condensação/fragmentação da cromatina e morte apoptótica, não relacionada à espoliação de GSH. DSC não foi tóxica para células SH-SY5Y, porém protegeu contra os efeitos do CAT em baixas concentrações. DSC mostrou-se citotóxica para células de glioma (GL-15 e C6) e potencializou o CAT. Pré-tratamento por 30 minutos com DSC protegeu contra a ação do CAT após 72 horas. 8-MOP potencializou os efeitos do CAT, não revertendo seus efeitos na viabilidade celular, morfologia celular, condensação/fragmentação nuclear, e espoliação de GSH. Esses resultados caracterizam um modelo de citotoxicidade que pode ser aplicado no desenvolvimento de novos agentes farmacológicos. Estudos complementares são necessários para elucidar a proteção da DSC.