Estudo do efeito e mecanismo de ação da Epigalocatequina-3-galato em Leishmania braziliensis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Inácio Filho, Job Domingos
Orientador(a): Amaral, Elmo Eduardo de Almeida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/36052
Resumo: A leishmaniose é uma doença causada por espécies de protozoários parasitos do gênero Leishmania. É endêmica em mais de 98 países e 350 milhões de pessoas vivem em local de risco da infecção, sendo o parasito da espécie Leishmania braziliensis o maior responsável pela doença no Brasil. Compostos naturais apresentam significante atividade antiprotozoários, sem elevada toxicidade. A epigalocatequina-3-galato (EGCG), principal catequina do chá verde, é um flavonóide que apresenta propriedades farmacológicas, como atividades antiinflamatórias, microbicida e atividades tripanosomicidas. No presente estudo, demonstramos o mecanismo de ação da EGCG em promastigotas e amastigotas de L. braziliensis, e a sua atividade in vivo. A EGCG inibiu a proliferação de promastigotas do parasito de maneira dose dependente apresentando uma inibição de 69,6% em 72 horas com a concentração de 500\03BCM, com IC50 de 278,5\03BCM. Alterações nos níveis de produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) foram observadas em promastigotas de L. braziliensis tratadas com concentrações crescentes de EGCG Esta produção foi prevenida pela pré-incubação com catalase e PEG-catalase. EGCG também causou disfunção mitocondrial, gerando uma perda no potencial de membrana mitocondrial (\0394\03C8m), quantificado por Rodamina 123 e JC-1, além de causar uma diminuição da atividade da tripanotiona redutase, enzima responsável no balaço redox do parasito. Observamos também que, em amastigotas, EGCG causou uma inibição de 73% e 77,7% no índice de infecção na concentração de 12\03BCM em 24 e 72 horas respectivamente, apresentando um IC50 de 4,4\03BCM e 3,5\03BCM no tempo de 24 e 72 horas respectivamente. Assim como em promastigotas, EGCG foi capaz de gerar produção de ERO em amastigotas, que foi prevenida com catalase e PEG-catalase. No estudo do efeito em camundongos BALB/c infectados com L. braziliensis observamos uma diferença significativa do tamanho da lesão do grupo tratado com EGCG comparado ao grupo controle, o qual recebeu PBS (veículo do composto utilizado). Ensaios de toxicidade revelaram que o composto não causou danos renais ou hepáticos, demonstrando a sua eficácia e segurança.