Trabalho e vida de catadores de materiais recicláveis no município do Rio de Janeiro, RJ

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sousa, Mabel Melo
Orientador(a): Waissmann, William
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/59020
Resumo: A presente investigação teve como objetivo compreender aspectos relacionados ao trabalho, à saúde e à vida de catadores e catadoras que realizam a coleta de materiais recicláveis no bairro Grajaú e em duas cooperativas formalizadas na cidade do Rio de Janeiro/RJ, durante a pandemia de covid-19. Trata-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva que teve a observação direta e a entrevista no formato semiestruturado como técnicas para a coleta de dados. As falas dos 15 sujeitos entrevistados foram transcritas e confrontadas com o referencial teórico e interpretadas a partir das categorias trabalho, saúde e outras esferas da vida, através da análise de conteúdo de Bardin. A catação se apresenta como uma possibilidade de sobrevivência para cidadãos de todas as idades que não possuem escolaridade nem formação profissional compatíveis com as exigências do disputadíssimo mercado de trabalho, mas a atividade é precarizada e desenvolvida sob condições insalubres, perigosas e penosas. A partir da visibilidade que a reciclagem vem adquirindo, é possível verificar avanço no âmbito de políticas públicas, como a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS/2010, mas ainda não se vislumbra sua efetividade no tocante à questão social para os atores observados nesta pesquisa. Os catadores constituem uma categoria profissional que sofre com as piores consequências das formas precarizadas de inserção laboral no capitalismo contemporâneo, pois estão desprotegidos legal e socialmente e vivem em um contexto estigmatizado pela sociedade, além de serem desassistidos no tocante a serviços como escolas, postos de saúde, espaços de lazer e cultura, saneamento básico, segurança pública.