Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Hirata, Márcia Saeko |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16137/tde-21072011-121837/
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Resumo: |
A região central da cidade de São Paulo, a partir da flexibilização econômica dos anos 1990, tornou-se espaço de conflitos entre o desejo de permanência da população de menor renda e os interesses por uma nova frente de valorização imobiliária. Os reveses sentidos pelos movimentos sociais organizados e o recente afluxo de recursos internacionais no mercado imobiliário parecem negar qualquer possibilidade de atuação de sujeitos políticos, enquanto consolida a hegemonia do pensamento neoliberal de que não há alternativas além da ordem já colocada. Do mesmo modo as análises sociais urbanas produzidas a partir da mobilização social dos anos 1980, marcadas por uma visão industrial, se muito avançou na compreensão dos processos sociais de produção do urbano, pouco permite visualizar quanto aos nexos que contribuam para a superação de um quadro crescente de fragmentação social. Apesar desta conjuntura urbana, as contradições dessa mesma produção social permitem a permanência do uso da centralidade urbana do Glicério pelos catadores de materiais recicláveis. Esse que parece existir somente como mero produto social residual, junto à interpretação de Lefebvre sobre a produção do espaço como parte da reprodução das relações sociais de produção, mostra-se como uma experiência que tem reformulado representações centrais do fetiche da mercadoria. Permite-nos assim ampliar o olhar para além da visão industrial e das relações de produção da mais-valia, bem como dos determinantes da institucionalização do Estado. Pelo olhar urbano, uma coesão social diferencial mostra-se possível como práxis urbana, reabrindo o horizonte dos possíveis, na prática e na teoria. |