Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Cardozo, Marcelo |
Orientador(a): |
Porto, Marcelo Firpo de Souza,
Costa, Frederico Peres da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/2370
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Resumo: |
O presente estudo caracteriza-se por ser uma pesquisa qualitativa em saúde e ambiente, que tem como objetivo conhecer a percepção de riscos ambientais e as estratégias de enfrentamento dos problemas de saúde e ambiente dos trabalhadores(as) catadores(as) de materiais recicláveis, do Aterro Controlado de Jardim Gramacho (ACJG), de Duque de Caxias, Rio de Janeiro/RJ. Como instrumento de coleta de dados, optou-se pela entrevista semi-estruturada com informantes-chave, complementada com a observação participante e com registros feitos a partir de caderneta de campo. Foram entrevistados(as) vinte e nove trabalhadores(as) catadores(as), sendo treze pertencentes à Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Jardim Gramacho (ACAMJG) e dezesseis da Cooperativa de Gramacho (COOPERGRAMACHO), sendo catorze homens e quinze mulheres, com uma média de idade de 40 anos. Estes trabalhadores atuavam como catadores, em média, há quinze anos e apresentavam baixo nível de escolaridade, sendo cerca de 17% de analfabetos e 65% com ensino fundamental incompleto. Os dados, analisados por meio da Análise do Conteúdo, geraram resultados que evidenciaram ser a catação de materiais recicláveis, no ACJG uma atividade perigosa e insalubre, embora, constitua-se na única forma de sobrevivência da grande maioria dos trabalhadores(as) catadores(as). A análise da percepção de risco ambiental mostrou que, em razão dessa luta pela sobrevivência, os trabalhadores negligenciavam aspectos mínimos de segurança, minimizando os riscos e, em muitos casos, negando o perigo, configurando uma ideologia defensiva no grupo que, em última instância, era o mecanismo encontrado para o enfrentamento das cotidianas situações de risco a que estão submetidos, de modo a permitir sua manutenção na prática da catação. |