Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Caminha, Marcelle Almeida |
Orientador(a): |
Menna-Barreto, Rubem Figueiredo Sadok,
Valente, Richard Hemmi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/28795
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Resumo: |
A doença de Chagas, causada pelo Trypanosoma cruzi, atinge milhões de pessoas pelo mundo, apresentando maior predominância na América Latina. Historicamente, nesta região, a transmissão desse protozoário ocorre por meio de insetos vetores, os quais também estão relacionados à infecção oral. Já em países não endêmicos, a transfusão de sangue corresponde à principal forma de transmissão do T. cruzi. Entre os indivíduos infectados que evoluem para a fase crônica da doença, a qual pode persistir assintomática por décadas, cerca de 30 a 40% desenvolvem manifestações clínicas. Estas estão associadas a lesões no tecido cardíaco e/ou no trato gastrointestinal, resultantes da ação direta do parasito, da resposta imune e do comprometimento do sistema nervoso. Diante da eficácia variável do tratamento na fase crônica da doença e da gravidade e maior frequência dos sintomas relacionados à forma cardíaca da doença, este trabalho teve como foco principal a busca de potenciais biomarcadores proteicos de progressão de lesão no tecido cardíaco. Para isto, foi realizada a extração de proteínas da forma tripomastigota sanguínea do T. cruzi (cepa Y) isolada de camundongo. As proteínas imunorreativas foram obtidas a partir do reconhecimento de IgG humanas imobilizadas em beads magnéticas. Os anticorpos utilizados nesses experimentos foram previamente purificados por cromatografia de afinidade a partir de soros de pacientes na fase crônica indeterminada e cardíaca (B1 e C) e de doadores saudáveis Através das análises de espectrometria de massas, as proteínas imunorreativas foram identificadas e quantificadas, sendo posteriormente comparado o padrão de reconhecimento entre as condições avaliadas. Os anticorpos derivados de pacientes com lesão cardíaca diagnosticada foram capazes de detectar dez proteínas diferencialmente abundantes. As proteínas CAP5.5 associada aos microtúbulos (gi|71401694 e gi|71415498) e hipotética (gi|71407149) foram detectadas em maior quantidade nos ensaios realizados com amostras de pacientes classificados em B1, enquanto as proteínas triparedoxina peroxidase (gi|17224953, gi|70873019 e gi|3776134), hipotética (gi|71401264), trans-sialidases (gi|70860135 e gi|71404821) e de superfície TolT (gi|71402301) foram mais abundantes nas frações obtidas a partir do reconhecimento de amostras purificadas de pacientes no estágio C. Em suma, foi observado que ao longo da infecção ocorre uma alteração na abundância e no perfil de reconhecimento de proteínas imunorreativas de formas tripomastigotas sanguíneas. A alta variação significativa na quantidade destas proteínas, especialmente a partir de interações de IgG de B1, sugere que estas moléculas são candidatas promissoras a marcadores do estabelecimento da forma cardíaca da doença, ainda no estágio inicial. No entanto, esses dados precisam ser validados com um grupo amostral de pacientes maior. |