Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ramos, Paulo Cesar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-19052021-202215/
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Resumo: |
Esta tese apresenta o histórico de formulações políticas, denúncias, proposições, bandeiras de luta e palavras de ordem das organizações negras do Brasil contra a violência policial, no período de 1978 a 2018. A pesquisa partiu de alguns casos emblemáticos de violência policial, que ganharam a atenção das organizações negras, da mídia e da política institucional, com base em material documental privado fornecido pelas lideranças envolvidas nos protestos que se seguiram a esses casos. Foi dada atenção à aparição de termos e expressões que aludissem ao problema da violência policial em panfletos, cartazes, manifestos, relatórios etc. Além disso, entrevistamos lideranças envolvidas no processo. Lançamos mão de outras fontes documentais secundárias, pesquisa em mídia, redes sociais para dar suporte contextual. A metodologia usada foi a análise de conteúdo, visando observar a construção de pontes semânticas que representassem o conjunto das experiências negras no tocante à violência de Estado. Assim, estivemos amparados pela teoria do reconhecimento de Axel Honneth, sabendo que os conflitos éticos produzidos pela violência policial configuram-se como fato sistemático de expectativas não concretizadas de reconhecimento recíproco, em que a morte é realidade cotidiana da população negra e periférica. O estudo do material identificou três grandes pontes semânticas que organizam e dão sentido à experiência negra a partir da denúncia da violência policial, sendo possível, por meio delas, estabelecer três períodos do protesto durante os quarenta anos estudados: discriminação racial (1978-1988), violência racial (1989-2006) e genocídio negro (2007-2018). Além das palavras de ordem, focamos nos casos emblemáticos documentados nos acervos pessoais, nas campanhas contra a violência policial e na interação da agenda específica da luta contra a violência com a agendas gerais da política nacional (impeachments, Assembleia Constituinte etc.). |