Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Mesquita, Juliana Fonseca de Oliveira |
Orientador(a): |
Martins, Carla Macedo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
EPSJV
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35565
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Resumo: |
A dissertação teve como objetivo analisar o material educacional produzido por uma entidade beneficente para a formação de trabalhadores do SUS, considerando os processos de privatização da saúde. Nesse sentido, a hipótese dessa pesquisa é a de que a formação em saúde sob a égide privatista, mesmo que inserida no SUS, tende a produzir concepções de ser humano, educação, saúde e sociedade subsumidas a esta lógica. A partir do materialismo histórico dialético e da análise de discurso, a pesquisa buscou interpretar os sentidos e significados produzidos nos textos dos Cadernos de Curso de uma Instituição Beneficente de Excelência participante do PROADI SUS. A dissertação se estrutura em três capítulos. O primeiro discute o Estado no neoliberalismo; o subfinanciamento do SUS; a privatização da saúde e da formação de trabalhadores; e a participação de entidades beneficentes neste contexto. No segundo, são debatidas as determinações da educação sob o capital e suas relações com as concepções de formação em saúde; a historicidade da formação em saúde no Brasil; e a participação privada na qualificação para o SUS. O terceiro capítulo apresenta a análise dos Cadernos produzidos pela entidade beneficente, apontando quatro processos discursivos e ideológicos. O primeiro diz respeito à adoção da pedagogia das competências como orientadora dos cursos e a tentativa de aproximá-la de concepções pedagógicas progressistas; o segundo relaciona-se à concepção mercantil da saúde como produtora de valor; o terceiro refere-se ao “fetiche” do gerencialismo no SUS; e o quarto diz respeito ao apagamento do SUS como um projeto político-social plenamente coletivo. |