O impacto da amamentaçäo sobre a desnutriçäo e a mortalidade infantil, Brasil, 1996

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Cruz, Myrian Coelho Cunha da
Orientador(a): Leite, Iuri da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5478
Resumo: A redução nos índices de mortalidade infantil e de desnutrição observada nas últimas décadas em todo o país, embora distribuída de maneira desigual entre o conjunto da população, remete ao questionamento sobre quais os fatores que poderiam ser responsáveis por esse desfecho. A melhoria nas condições gerais de vida seria a resposta esperada, significando que o acesso à educação, ao trabalho e à renda, às melhores condições de moradia, ao saneamento básico, à água tratada e aos serviços de saúde, estaria contribuindo para os resultados observados. O aumento da duração da amamentação, observado na última década, e a ampla utilização de ações de grande impacto na sobrevivência infantil, tais como o uso de solução de reidratação oral, poderiam ainda responder por esses desfechos. No presente trabalho, investiga-se o impacto do aleitamento materno sobre a desnutrição, no segundo ano de vida, a partir do indicador estatura/idade. O efeito do aleitamento materno sobre a mortalidade infantil no período pós-neonatal foi também verificado. Os dados utilizados foram coletados na Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (1996). A metodologia aplicada considera a existência de correlação entre as observações, levando em conta o impacto dos fatores relacionados à criança, à família e à comunidade, analisados através de modelos hierárquicos. Não foram observados efeitos significativos da amamentação sobre a desnutrição, no segundo ano de vida. No entanto, a amamentação, independentemente de sua duração, avaliada em função do tempo médio em que foi praticada, ou do tipo de aleitamento desempenhado pelas mães pesquisadas, conferiu uma proteção de 75% contra o óbito pósneonatal, quando comparadas às não amamentadas. Em relação à desnutrição, o efeito da área onde a criança reside foi significativo, enquanto que, no estudo sobre a mortalidade pós-neonatal, foi evidenciada uma correlação entre os óbitos ao nível da família.