Investigação da resposta imune humoral de indivíduos infectados pelo HIV-1 e vacinados contra as Influenza A(H1N1)pdm09, A/H3N2 e B

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Marttorelli, Andressa
Orientador(a): Souza, Thiago Moreno Lopes e
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12498
Resumo: Indivíduos infectados pelo HIV têm um risco mais elevado de serem afetados por doenças graves, tais como infecções por vírus respiratórios, incluindo o vírus da influenza. A imunossupressão desses indivíduos pode afetar a sua capacidade de resposta à imunização ativa. A vacinação contra o vírus influenza ainda representa a principal forma de reduzir o impacto deste vírus. Devido à circulação em 2009 do vírus influenza pandêmico A (H1N1) pdm09 e influenza sazonal A (H3N2) e vírus B, a composição atual vacina incluem antígenos destes três agentes em sua formulação. Assim, a análise do impacto da vacina trivalente inativada contra influenza (TIV) em indivíduos infectados pelo HIV merece mais estudos. Uma coorte de 131 indivíduos HIV- 1 positivos, com viremia controlada recebeu duas doses únicas de TIV com 21 dias de intervalo. Os títulos de anti- hemaglutinantes (HA) de seus soros foi avaliada em diferentes pontos de tempo (dias zero, 21 e 42, bem como seis meses pós- vacinação). No que diz respeito à resposta imune ao vírus A(H1N1) pdm09 , observouse que um ano depois de ter recebido a vacina monovalente contra este antígeno , 62,6% dos indivíduos permaneceram soroprotegidos, uma queda de 20% em relação à 6 meses pósvacinação monovalente no ano de 2010. Além disso, após a primeira dose de TIV, títulos soroprotetores foram encontrados em todos os indivíduos. A soroproteção de baseline para os antígenos H3N2 e influenza B foi de 67,9% e 27,5%, respectivamente. Em relação à soroconversão, observamos que 19,8% e 21% dos indivíduos apresentavam títulos antihemaglutinantes para o vírus A(H1N1)pdm09, 21 e 42 dias pós-vacinação com TIV, respectivamente. A soroconversão para o antígeno H3N2 foi 15,7% e 16% aos 21 e 42 dias respectivamente. Em relação à Influenza B, 35,7% e 38,6% dos indivíduos soroconverteram aos 21 e 42 dias após a vacinação. Aos seis meses pós-vacinação, os títulos de anti \2013 hemaglutinantes dos soros caiu para abaixo 15,7% para o antígeno A(H1N1)pdm09, 14,4% para H3N2 e 29,1% para antígenos de influenza B. Observamos também que indvíduos com maiores contagem de células CD4 resposram melhor a vacinação frente ao virus influenza B. Em conjunto, nossos resultados indicam que indíviduos HIV-1 positivos apresentam melhores repostas humorais para os antígenos A(H1N1)pdm09, quando comparado com os outros dois antígenos presentes na TIV