Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Pedro José Secchin de |
Orientador(a): |
Sarno, Euzenir Nunes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13357
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Resumo: |
A hanseníase e a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) são doenças infecciosas de importância para a saúde global, e, o Brasil é um dos poucos países onde elas ainda são endêmicas. O HIV e a Mycobacterium leprae (M. leprae) interagem com a imunidade celular do hospedeiro determinando as manifestações clínicas. Assim, esperava-se que pacientes coinfectados por essas duas doenças teriam um sinergismo de alterações imunopatológicas e exuberância de sinais e sintomas dos episódios reacionais até o momento. Existem poucos estudos sobre essa coinfecção publicados na literatura. O objetivo deste trabalho foi avaliar a gravidade dos episódios de reação reversa (RR) em pacientes coinfectados pelo vírus HIV e M. leprae e compará-la ao grupo controle. É um estudo analítico de coorte retrospectivo, ocorrido entre janeiro de 1996 e setembro de 2012, realizado no Ambulatório Souza Araújo (ASA) / Laboratório de Hanseníase (LAHAN) / Fiocruz-RJ, constituído pela análise dos dados revistos nos prontuários de pacientes hansênicos e que apresentaram o primeiro episódio de reação reversa até a última dose de poliquimioterapia. Esses pacientes foram divididos em dois grupos: um de coinfectados pelo HIV e M. leprae e outro grupo HIV negativo. Foram analisadas as características epidemiológicas, evolução clínica e o uso do corticoide para o tratamento desses indivíduos. As variáveis foram analisadas durante a poliquimoterapia (PQT) e entre o primeiro e último dia de uso de prednisona, o qual pode ocorrer até, no máximo, seis meses após o início da corticoterapia Foi realizada uma análise multivariada com as variáveis de importância clínica e estatisticamente significantes entre os grupos. O total de pacientes encontrados na pesquisa foi de 31 casos HIV positivo e 67 HIV negativo. Em seguida, observou-se que no grupo controle prevaleceram os multibacilares e, nos HIV positivo, os paucibacilares. Os coinfectados apresentaram todas as formas clínicas da hanseníase, com predomínio da forma borderline tuberculoide (BT) nos dois grupos. A lesão ulcerada foi encontrada apenas no grupo HIV positivo. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos quando se observou o teste de Mitsuda entre os BT. A maioria dos coinfectados teve o diagnóstico de hanseníase com a presença de RR e maior frequência de neurite. Apenas duas infecções oportunistas foram observadas em um paciente coinfectado durante a corticoterapia. Na maioria dos pacientes dos dois grupos, o tratamento com prednisona durou mais de seis meses e se estendeu após o término da PQT. Os coinfectados utilizaram mais corticoide do que o grupo controle. Na análise multivariada, observou-se que a reação reversa não foi mais grave nos pacientes coinfectados. De um modo geral, as manifestações clínicas foram semelhantes entre os grupos, com melhora após a corticoterapia, que foi igualmente eficaz. |