Detecção de Leishmania spp. em Lutzomyia spp. em um fragmento de mata Atlântica no estado de Pernambuco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Yury Yzabella da
Orientador(a): Torres, Filipe Dantas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55959
Resumo: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma zoonose de grande relevância, sendo uma das mais importantes doenças tropicais negligenciadas nas Américas. A LTA é causada por protozoários do gênero Leishmania, que são transmitidos por flebotomíneos (Diptera: Psychodidae: Phlebotominae). No Brasil, a doença ocorre em todas as regiões geográficas, porém sua incidência é maior nas regiões norte e nordeste do país. Em Pernambuco, surtos de LTA foram registrados no Campo de Instrução Militar Marechal Newton Cavalcanti (CIMNC), um campo de treinamento militar localizado em remanescente de mata atlântica. Estudos sugerem que uma grande diversidade de espécies de flebotomíneos que poderiam atuar como vetores de Leishmania braziliensis, principal agente etiológico da LTA no Brasil. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo detectar a presença de Leishmania spp. em fêmeas de Lutzomyia spp. coletadas no CIMNC entre os anos de 2012 a 2014. Para esse fim, foram testadas fêmeas de flebotomíneos (individualmente ou em pools de até 10 fêmeas) pertencentes a cinco diferentes espécies coletadas em diferentes datas e pontos de coleta. Posteriormente, foram realizadas a extração de DNA e a PCR em tempo real para detecção de DNA de Leishmania spp. Os produtos positivos da PCR em tempo real foram digeridos com a enzima de restrição HaeIII e os padrões de bandas analisados por eletroforese. No total, 42 pools (2-10 fêmeas) e 23 fêmeas individuais foram positivas para a presença de DNA de Leishmania spp. Na análise por enzima de restrição, 13 amostras (pertencentes as espécies Lu. longispina, Lu. complexa/wellcomei e Lu. sordellii) apresentaram um padrão de bandas sugestivo de L. braziliensis. Os resultados do presente estudo reforçam a hipótese de que Lu. choti possa estar atuando como vetor de L. braziliensis, além de relatar, pela primeira vez, a presença de DNA de Leishmania spp. em fêmeas de Lu. longispina e Lu. sordellii. Esses resultados indicam que diferentes espécies de flebotomíneos podem estar atuando como vetores de L. braziliensis em remanescentes de mata atlântica em Pernambuco .