Recidiva de hanseníase em pacientes tratados com poliquimioterapia 12 doses

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Maia, Raquel Cristina
Orientador(a): Sarno, Euzenir Nunes, Nery, José Augusto da Costa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/37767
Resumo: Introdução: O conceito de recidiva em hanseníase jamais foi bem estabelecido. Apesar disso, o reconhecimento precoce das características de recorrência da doença após o tratamento poliquimioterápico atual, com 12 doses, é de grande importância para o melhor controle da endemia e a prevenção de graves incapacidades físicas. Parâmetros confiáveis, que possam ser utilizados na rede pública de saúde, precisam ser identificados. Objetivo: Descrever os casos de recidiva de hanseníase e os fatores a ela associados, em pacientes tratados com 12 doses de poliquimioterapia (PQT) no Ambulatório Souza Araújo (ASA). Métodos: Variáveis epidemiológicas e clínico laboratoriais de 8 pacientes que apresentaram recidiva da doença, entre janeiro de 1998 e junho de 2017, foram coletadas do banco de dados do ASA. Os dados foram organizados em textos descritivos da história de cada paciente, partindo do diagnóstico da hanseníase até o final do tratamento da recidiva. Para permitir a interpretação visual de cada caso, 8 linhas temporais foram elaboradas, com aspectos relevantes em destaque Resultados: O número de recidivas foi pequeno em relação ao total de casos. As características encontradas em maior número foram: sexo masculino, idade superior a 40 anos, formas clínicas borderlines, índice baciloscópico (IB) inicial maior que 4 e final, maior que 3. O aumento do IB foi parâmetro útil, mas não o melhor, em todos os casos, para o diagnóstico da recidiva. Dentre elas, 7 ocorreram a partir do quinto ano após a alta. Houve 2 pacientes que não apresentaram lesões cutâneas quando recidivaram. Acometimento visual, orquite, epistaxe e dor lombar, em alguns casos, precederam o diagnóstico da recidiva. A análise histopatológica foi decisiva em 2 casos. Conclusões: O diagnóstico da recidiva, estabelecido através de dados clínico laboratoriais no contexto da história de cada paciente, parece fidedigno. Foram descritos fatores de risco conhecidos e também características pouco relatadas em associação à atividade da doença. Futuras pesquisas são necessárias para verificar a relevância das características identificadas.