Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Silva, Mariana França da Cunha e |
Orientador(a): |
Sarno, Euzenir Nunes,
Hacker, Mariana de Andrea Vilas Boas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/12263
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Resumo: |
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica que se caracteriza por um espectro de manifestações clínicas dermatoneurológicas associadas com diferentes padrões de resposta imune. A baixa aderência é responsável pela manutenção de fontes potenciais de infecção, complicações irreversíveis, cura incompleta e, adicionalmente, pode conduzir a resistência a múltiplas drogas. Muitos fatores são responsáveis pela irregularidade do tratamento ou abandono: fatores socioeconômicos, escolaridade, conhecimento sobre a doença, a falta de eficiência dos serviços de saúde, demografia, efeitos colaterais das drogas, alcoolismo, episódios reacionais , entre outros. O estudo realizado foi retrospectivo, de coorte, a partir do levantamento de dados dos pacientes diagnosticados com hanseníase no Ambulatório Souza Araújo /Fiocruz,Rio de Janeiro, que receberam tratamento padrão com poliquimioterapia entre os anos de 1997 e 2007.O presente estudo analisou as características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais do grupo em abandono do tratamento com a poliquimioterapia (PQT) e as características do grupo alta por cura. A proporção de abandono foi baixa, provavelmente em razão do local do estudo ser um centro de referência para tratamento e pesquisa Houve um predomínio do sexo masculino nos dois grupos,a idade média em ambos os grupos foi em torno de 40 anos que corresponde a faixa etária economicamente ativa da população, o nível de escolaridade no grupo em abandono e dos que obtiveram alta por cura foi baixo, ocorreu predomínio de paucibacilares nos dois grupos, porém a maioria apresentou Mitsuda negativo.O grau de incapacidade zero e o índice baciloscópico zero predominaram nos dois grupos .Observou-se maior proporção de casos de abandono nos primeiros meses de tratamento. Avaliou-se também a relação entre o uso irregular da medicação poliquimioterápica e a ocorrência de reações hansênicas, bem como características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais dos diferentes grupos de tratamento com PQT. Foram considerados três grupos distintos: grupo 1 - pacientes com término do tratamento com a poliquimioterapia, em até seis para pacientes paucibacilares e 12 meses para os multibacilares, tratamento considerado como regular e ideal pela OMS e Ministério da Saúde; grupo 2 - pacientes com término de tratamento entre 6 e 9 meses para paucibacilares e entre 12 e 18 meses para multibacilares, grupo ainda considerado como regular pela OMS / Ministério da Saúde e grupo 3 - pacientes tratados com mais de 9 meses e mais de 18 meses para paucibacilares e multibacilares respectivamente, grupo considerado irregular pela OMS e Ministério da Saúde O grupo irregular representou apenas 3,3% do total de pacientes observados, não houve diferença entre os grupos em relação ao sexo e idade, foi possível verificar a influência da baciloscopia > 3 tanto no início do tratamento quanto ao final como um importante fator de desenvolvimento das reações após o tratamento e o teste Mitsuda positivo apresentou fator protetor no desenvolvimento das reações. Não houve significância estatística no desenvolvimento das reações no grupo de tratamento irregular, provavelmente pelo predomínio de formas paucibacilares encontradas nesse grupo, o que foi uma limitação do estudo dificultando a análise do desfecho |