Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Bruna Eduarda Freitas |
Orientador(a): |
Medeiros, Zulma Maria de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/60846
|
Resumo: |
A leishmaniose visceral (LV), quando associada ao vírus da imunodeficiência humana (HIV), torna-se uma doença mais grave, com aumento na letalidade dos indivíduos acometidos, podendo ser influenciada por aspectos imunogenéticos do hospedeiro. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar biomarcadores imunogenéticos envolvidos na suscetibilidade à leishmaniose visceral em pacientes com HIV (LV/HIV) procedentes do Estado de Pernambuco. Neste estudo transversal, foram coletados dados epidemiológicos e laboratoriais e analisados os polimorfismos de nucleotídeo único (SNP) dos genes LGALS3 (rs4644) e IL-10 (rs1800871) por reação em cadeia da polimerase quantitativa, utilizando-se o QuantStudio 5, a partir de DNAs extraídos de sangue total de 295 pacientes (45 LV/HIV sintomático e 54 assintomático e 196 HIV). As quimiocinas CCL2, CCL5, CXCL8, MIG e IP-10 foram quantificadas por citometria de fluxo FACSCalibur em 160 amostras de soro (53 LV/HIV assintomático, 90 HIV e 17 controles negativos), a partir do sistema Cytometric Bead Array. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente pelo GraphPad Prism 8. Nossos resultados confirmaram a associação entre o polimorfismo IL-10 (rs1800871) e a coinfecção LV/HIV (p=0,038, OR 1,840, IC 95% 0,996=3,312), sugerindo o envolvimento de mecanismos genéticos na suscetibilidade à LV em pacientes com HIV. Os cinco SNPs de LGALS3 e os cinco de IL-10 próximos a rs4644 e rs1800871, respectivamente, revelaram desequilíbrio de ligação (r2>0,8), podendo estar associados à coinfecção LV/HIV. As quimiocinas CCL2, CCL5, MIG e IP-10 apresentaram diferenças significativas entre os grupos LV/HIV e HIV (p<0,0001), com níveis mais elevados entre os monoinfectados com HIV, demonstrando um ambiente pró-inflamatório mais significativo nesta condição. Por sua vez, as quimiocinas CXCL8 e CCL2; MIG e CCL2; IP-10 e CCL2; MIG e CCL5; IP-10 e MIG foram positivamente correlacionadas entre si no grupo LV/HIV, sugerindo uma ação sinérgica entre elas, por participarem de mecanismos inflamatórios semelhantes associados ao controle da infecção. A associação negativa entre a CXCL8 e a carga viral na coinfecção LV/HIV indica possíveis interações entre a Leishmania spp e o HIV. Desse modo, sugerimos o SNP rs1800871 como biomarcador da coinfecção LV/HIV e novos estudos que investiguem o papel das quimiocinas CCL2, CCL5, CXCL8, MIG e IP-10 na LV/HIV. |