A orientação da atenção primária à saúde em uma equipe com 20 anos de longitudinalidade em Aracaju, Sergipe

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carvalho, Rubens Araújo de
Orientador(a): Guilan, Cristina
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48534
Resumo: A Unidade de Saúde da Família \201CJoão Bezerra\201D (USFJB) completou 20 anos em setembro de 2018. Desde então, a equipe 006 vem oferecendo seus serviços de Atenção Primária à Saúde (APS) no Povoado de Areia Branca em Aracaju, Sergipe. A equipe é participante da Estratégia Saúde da Família e vem sendo avaliada pelo Ministério da Saúde de diversas formas nestes anos, tendo sido a última avaliação realizada pelo Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade na Atenção Básica (PMAQ) em 2017. A avaliação do PMAQ, apesar de um avanço para APS brasileira, é falha ao avaliar a equipe segundo os atributos da APS. Estes atributos são sete, sendo quatro essenciais: Acesso, Longitudinalidade, Coordenação do Cuidado e Integralidade e três acessórios: Orientação Familiar, Orientação Comunitária e Competência Cultural. Estes podem ser medidos quantitativamente utilizando o Instrumento de Avaliação da Atenção Primária (PCAT), que permite calcular o grau de orientação da APS de um serviço de saúde. Esta ferramenta é validada cientificamente para o português e, no Brasil, tem uma versão reduzida para usuários, o que facilita a sua aplicação. O PCAT na versão reduzida foi aplicado em 309 pessoas cadastradas na equipe 006, maiores de 20 anos que tivessem capacidade para responder ao questionário. Desta amostra conseguimos calcular a afiliação à USFJB de 82% (254) dos entrevistados e destes calculamos o grau de orientação da APS obtendo o resultado de 6,85. Escores maiores de 6,66 indicam um bom grau de orientação da APS e, comparando os dados obtidos com aqueles provenientes de outros estudos que utilizaram o PCAT, nota-se que esta equipe consegue oferecer um serviço de boa qualidade em relação às equipes de saúde da família das regiões brasileiras do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os três ciclos do PMAQ nos mostram que a APS da cidade necessita ser melhorada e que as reformas das Unidades de Saúde da Família com implantação do prontuário eletrônico são medidas importantes. Contudo, a diminuição da cobertura assistencial, que gera equipes sobrecarregadas, bem como a falta de especialização dos profissionais são outros pontos a serem considerados. Apesar destas dificuldades encontradas, a equipe 006 ainda consegue oferecer uma APS de boa qualidade para sua população cadastradas.