Avaliação de marcadores inflamatórios, de lesão miocárdica e polimorfismos genéticos na estratificação de risco da Síndrome Coronariana Aguda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carvalho, Viviane do Carmo Vasconcelos de
Orientador(a): Montenegro, Sílvia Maria Lucena, Morais, Clarice N. Lins de, Gomes, Adriana Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/23773
Resumo: A Síndrome Coronariana Aguda (SCA) é uma doença multifatorial, incluindo o fator genético, causada por obstrução das artérias coronárias por ateroma. Seu diagnóstico precoce, e estratificação de risco de morte pelo Thrombolysis in Myocardial Infarction (TIMI) são importantes. Assim, avaliamos polimorfismos nos genes IL6 (rs1800795), IL6R (rs4537545), TNFa (rs1800629), LEPR (rs6700896) e IL1b (rs16944) em relação ao TIMI, aos níveis séricos das citocinas e aos fatores de risco para SCA. Foram selecionados 200 pacientes com SCA, 50 sem SCA do Real Hospital Português, Recife – PE, e 295 doadores de sangue na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope). Polimorfismos foram determinados por sequenciamento de DNA ou corte enzimático. A dosagem das citocinas foi realizada pelo método ELISA. Os fatores de risco mais encontrados nos pacientes com SCA foram hipertensão e dislipidemia, sendo hipertensão associada ao TIMI grave. As frequências genotípicas de IL6R e TNFa mostraram-se diferentes entre os pacientes com SCA e os doadores do Hemope (p = 0,0002 e p = 0,01 respectivamente), mas as concentrações plasmáticas de TNF-a não diferiram entre genótipos. O alelo C (GC+CC) do gene IL6 foi mais frequente nos pacientes com risco TIMI intermediário que no baixo (p = 0,04) e o genótipo TT do gene IL6R, apresentou-se como possível fator protetor para SCA, pois estava mais presente em indivíduos do Hemope (32,0%) que nos pacientes com SCA (18,0%), além de ser mais frequente no TIMI baixo (22,9%) que no intermediário (20,2%) ou alto (4,9%). Nos pacientes com SCA, o genótipo TT no IL6R estava relacionado a menor concentração de proteína c reativa (p = 0,03) e troponina (p = 0,02), mostrando menor reação inflamatória e dano tecidual. As diferenças interpopulacionais quanto às frequências de polimorfismos em genes de interesse médico evidenciam a importância de estudos em grupos populacionais específicos para o estabelecimento de relação entre genes e uma doença.