Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Souza, Leila Costa de |
Orientador(a): |
Minayo Gómez, Carlos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/5104
|
Resumo: |
O presente estudo teve por objetivo analisar diversas dimensões das trajetórias de vida e trabalho de mulheres de três distritos do município de Nova Friburgo que se destacam pela produção de olerícolas, flores e incipiente agricultura orgânica. Trata-se de um estudo de cunho qualitativo que visa compreender o cotidiano dessas mulheres nos diferentes espaços em que estão inseridas, bem como as semelhanças, diferenças e desigualdades existentes em função das relações de gênero. Foram realizadas 24 entrevistas sobre temas como atenção à saúde, jornada e acidentes de trabalho, trabalho informal, uso do tempo livre e proteção social. No tratamento dos dados foi utilizada a análise temática com vistas à compreensão das trajetórias ocupacionais e de vida das entrevistadas. Os resultados revelam que, apesar de encontrar-se envolvidas na produção agrícola em condições similares às dos homens, ressentem-se da falta de reconhecimento de seu papel enquanto trabalhadoras e inclusive da ausência de remuneração. A prática cultural de entregar ao homem o controle de toda a atividade produtiva, assim como a dificuldade em comprovar a condição de trabalhadoras ainda são recorrentes. A sobrecarga originada pela acumulação do trabalho produtivo com o doméstico priva a mulher de um tempo que lhe seja próprio. Entre os agravos à saúde, encontram-se os derivados da aplicação de agrotóxicos sem a utilização de equipamentos adequados de proteção; o uso de remédios para o “problema de nervos” e a dor no corpo, principalmente nas costas. Enfrentam também grandes dificuldades em busca de benefícios previdenciários. Conclui-se que são muito tênues os sinais de emancipação e torna-se necessário priorizar ações protetivas que promovam a maior autonomia dessas mulheres e a melhorem da sua qualidade de vida. |