Síndrome de Burnout em gerentes da atenção primária à saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Porciuncula, Alice Mariz
Orientador(a): Siqueira, Sandra Aparecida Venâncio de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/14060
Resumo: A Síndrome de Burnout (SB) é considerada uma doença relacionada ao trabalho e vem sendo estudada desde os anos 50. Composta por três dimensões específicas, exaustão emocional, despersonalização e realização profissional, a síndrome acomete principalmente trabalhadores que atuam com serviços humanos, dando respostas às necessidades das pessoas. O gerente da Atenção Primária à Saúde (APS) é um cargo de início recente no município do Rio de Janeiro. Além de se enquadrar no perfil expresso anteriormente, aglomera responsabilidades e funções variadas, acrescidas de curtos prazos e mudanças frequentes, tal contexto configura a possibilidade de levar esses profissionais ao esgotamento profissional. Assim, este estudo teve como objetivos identificar a presença ou ausência da Síndrome de Burnout em gerentes atuantes na APS do município do Rio de Janeiro, bem como, traçar o perfil desses profissionais e estudar possíveis variáveis explicativas para os resultados encontrados. Através de metodologia quantitativa de cunho descritivo e transversal, utilizou-se como instrumento de coleta de dados um questionário semi estruturado composto de duas partes: um questionário individual com questões referentes ao perfil dos gestores e possíveis variáveis explicativas e o Maslach Burnout Inventory (MBI), que é a escala mais utilizada mundialmente para aferição da Síndrome. Os resultados indicaram que grande parte dos gestores de APS apresentam níveis altos ou moderados nas três dimensões do Burnout. A Síndrome de Burnout foi identificada em 11,2% dos gerentes. Estes achados representam valores que certas vezes ultrapassam o encontrado em estudos nacionais em profissionais da Atenção Básica à Saúde. Foram identificadas associações com múltiplos fatores, tendo sido predominantes no que refere às características organizacionais. O estudo concluiu que há um resultado significante quanto ao Burnout nesta população. Dado aos prejuízos trazidos pelo Burnout, já confirmados por diversos estudos, e considerando o gestor local um ator de extrema importância para consolidação de uma APS de qualidade, indica-se a necessidade de investimento em medidas para o enfrentamento da Síndrome.