Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Chourabi, Lizandra Flores |
Orientador(a): |
Njaine, Kathie |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/31149
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Resumo: |
Partindo de um referencial socioantropológico, o presente estudo analisa as representações e as práticas sociais dos profissionais de saúde e usuárias sobre a assistência ao parto em um Hospital Universitário do Sul do Brasil. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que lançou mão da observação etnográfica e de entrevistas semiestruturadas para apreender a dimensão da subjetividade do universo estudado. Os participantes do estudo foram 10 profissionais de saúde (quatro médicos, cinco enfermeiras e uma técnica de enfermagem) que trabalham nos serviços de atendimento obstétrico e 15 mulheres. O Centro Obstétrico do HU e os domicílios das mulheres foram os cenários do estudo. Observou-se que os partos considerados fisiológicos são pouco ensinados no HU e que os profissionais de saúde atuam prioritariamente dentro do modelo de atenção biomédico e tecnocrático. As mulheres destacam diferentes formas de violências sofridas tais como a negligência, a não valorização das suas queixas e o tratamento frio e impessoal por parte dos profissionais. Observou-se ao longo do trabalho que as intervenções como a manobra de kristeller, a posição supina, a episiotomia e a ocitocina são utilizadas de forma subsequentes nas práticas obstétricas,independente dos desejos das mulheres. Alguns profissionais reconhecem que a administração recorrente da ocitocina e o recurso à episiotomia são formas de violências obstétricas. No entanto, indicam que essa forma de violência contra a mulher precisa ser mais debatida nomeio acadêmico. Conclui-se que é indispensável que ocorram mudanças na formação acadêmica dos profissionais de saúde do HU, de forma a valorizar as boas práticas de atenção ao parto e nascimento preconizados pela Política de Humanização ao Parto e Nascimento,valorizando a equipe multiprofissional de forma efetiva e o protagonismo das mulheres. A força dos movimentos sociais tem clamado por justiça pelas mortes perinatais ocorridas no HU, colocando as mulheres em permanente estado de vigilância contra a violência obstétrica. |