Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Maranhão, Roberto Ribeiro |
Orientador(a): |
Barreto, Ivana Cristina de Holanda Cunha |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/48542
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Resumo: |
Introdução: Partindo-se da ideia de uma atuação multiprofissional e interdisciplinar capaz de ampliar os escopos de prática de profissionais da saúde, o conceito da Estratégia de Saúde da Família (ESF) ganha destaque. Após mais de duas décadas de implantação da ESF, a complexificação do quadro epidemiológico da população brasileira trouxe novos e numerosos desafios à equipe de saúde da família. A fim de resgatar a premissa, que incumbe a Atenção Primária à Saúde (APS) a resolução de 80% dos problemas de saúde da população, há que se propor novos avanços na forma de atuação representada pela ESF. É fato que houve uma estagnação da cobertura da ESF provocada pelas limitações na fixação de profissionais médicos e pela própria escassez destes. Há, contudo, que se pensar também na qualidade da assistência prestada de acordo com as capacidades de atuação de cada categoria componente da APS. É neste âmbito que se insere a discussão do escopo de prática. Objetivo: Analisar o escopo de prática dos médicos atuantes na Estratégia Saúde da Família da cidade de Fortaleza no Ceará e suas relações com a formação e titulação em medicina de família e comunidade. Métodos: O estudo é do tipo inquérito quantitativo transversal. De abril a novembro de 2018 foi aplicado um formulário semiestruturado em um total de 263 médicos, componentes de amostra representativa do total de médicos atuantes na ESF de Fortaleza/CE, contendo 54 atribuições dentre ações, atividades e procedimentos específicos da profissão médica, e comuns dos profissionais da ESF. Ademais foram investigados fatores relacionados a uma maior ou menor abrangência do escopo de prática. Os dados foram analisados por meio do software SPSS versão 23. A normalidade das variáveis quantitativas foi verificada por meio do teste de Shapiro-Wilk. Foram utilizados testes de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis para comparação do número de procedimentos realizados pelos profissionais e demais variáveis. Resultados: Destacou-se uma maior abrangência de escopos de prática dentre os médicos com formação no exterior e aqueles com formação específica na área de medicina de família e comunidade, sendo a dupla qualificação da residência médica com a titulação o fator de maior impacto sobre o escopo de prática dos médicos participantes. Problemas relacionados a infraestrutura foram apresentados como destaque para a não realização de atribuições, principalmente as específicas. Além disso, o fator disponibilidade de tempo e cobrança da gestão também foram elencados. No geral os médicos declararam saber fazer um número de atividades, ações e procedimentos superior ao que de fato realizavam. Conclusões: Existe uma lacuna em potencial para se ampliar o escopo de prática dos médicos na ESF, perpassando desde investimentos estruturais e capacitações da gestão, até uma formação específica voltada ao campo da medicina de família e comunidade. Estas ações vislumbram potencializar ações mais resolutivas e ampliar a qualidade dos serviços prestados na APS. |