Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Felix, Gabriela do Espirito Santo |
Orientador(a): |
Abe-Sandes, Kiyoko |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/7634
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: BRCA1, BRCA2, CHEK2 e TP53 são os principais genes supressores tumorais associados às síndromes de câncer de mama e ovário hereditário (HBOC) e Li-Fraumeni (LFS/LFL). Em cânceres hereditários, a frequência de mutações em genes de baixa penetrância, como CHEK2, está entre 1-10%, entretanto nos genes de alta penetrância, como BRCA1/2 e TP53, a frequência é <1%. Até o momento, estudos feitos no Brasil apenas descreveram apenas o perfil de susceptibilidade genética de populações das regiões sul/sudeste. OBJETIVO: Analisar a ancestralidade e oito mutações dos genes BRCA1, BRCA2, CHEK2 e TP53 em 102 pacientes com alto risco para HBOC do Nordeste do Brasil. MÉTODO: O DNA genômico foi extraído de sangue periférico. Todas as pacientes foram testadas para as seguintes mutações: BRCA1 (c.211A>G, c.66_67delAG e c.5266dupC), BRCA2 (c.5946_5946delT), CHEK2 (c.1100delC, c.444+1G>A e c.470T>C) e TP53 (c.1010G>A) por AS-PCR, PCR/RFLP ou sequenciamento. Um painel de nove AIMs (APO, AT3-I/D, CKMM, FY-NULL, GC*1S, GC*1F, LPL, PV92 e SB19.3) também foi utilizado para verificar a ancestralidade genética das pacientes. Todas pacientes assinaram o termo de consentimento. Os dados clínicos e epidemiológicos foram obtidos durante o aconselhamento genético ou nos prontuários médicos. RESULTADO: A idade média ao diagnóstico foi 43,08 anos (±10,85). A neoplasia mais frequente foi o câncer de mama (91,2%), seguido do câncer de ovário (4,9%) e de ambos os cânceres (3,9%). Entre os casos de câncer de mama o tipo histológico mais frequente foi o carcinoma ductal infiltrante (70,1%), contudo entre os casos de câncer de ovário foi o carcinoma seroso (77,8%). Observou-se elevada contribuição europeia (62,2%), provavelmente devido ao fato da maioria ser natural do interior da Bahia (52%). A maioria das pacientes apresentava história familiar de câncer (83,3%). Duas mutações foram encontradas: BRCA1*c.211A>G (2,94%) e TP53*c.1010G>A (0,98%). Todas as pacientes com mutação tiveram tumores agressivos e história familiar sugestiva de HBOC. Não houve diferença entre as pacientes com e sem mutação para uso de anticoncepcional, paridade, idade da menarca e idade ao diagnóstico. CONCLUSÕES: As mutações BRCA1*c.211A>G e TP53*c.1010G>A devem ser incluídas nos painéis de triagem mutacional usados em pacientes de alto risco para HBOC da Bahia. |