A regulação do acesso ao parto: avaliando o caso do município do Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Edjaneide Maria da
Orientador(a): Gurgel Júnior, Garibaldi Dantas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/32714
Resumo: O parto precisa ocorrer em tempo e local oportuno para que se tenha um nascimento saudável. Diante dessa prerrogativa, esta dissertação avalia a regulação do acesso ao parto no município do Recife, verificando os fluxos regulatórios de atendimento a parturiente. Trata-se de uma pesquisa avaliativa do tipo estudo de caso, com abordagem quantitativa e qualitativa; a combinação de métodos e técnicas de investigação foi necessária neste caso pela magnitude e complexidade do tema abordado. Foi necessário a realização do mapeamento da rede de atenção materna-infantil e construção de mapas de fluxos dominante para os estabelecimentos de saúde de referência ao parto, tanto de risco habitual e alto risco do município do Recife. A fim de verificar em profundidade os critérios abordados na pesquisa foram realizadas entrevistas semiestruturadas com puérperas, profissionais de saúde e gestores ligados com o processo de regulação e estruturação da rede de assistência à saúde (Rede Cegonha). Nos resultados encontra-se como ocorreu o fluxo real das usuárias dentro da rede; neste caso foi verificado que estas mulheres não seguem o fluxo estabelecido para as referências, o que ocorre por múltiplas causas, como: a falta de vinculação da gestante ao estabelecimento de saúde onde será realizado o parto, superlotação dos hospitais e maternidades ou desconhecimento sobre o estabelecimento de saúde a que deve se dirigir na hora do parto. Essa fragilidade da rede de atenção à saúde, gera uma peregrinação da gestante no anteparto e dificulta seu acolhimento nos serviços de saúde e condução das boas práticas de atenção ao parto e nascimento. A forma de sistematizar a regulação do acesso ao parto no município do Recife, não tem garantido o acesso equânime as gestantes, existe esta falha no papel protetor do Estado, causando uma desorganização da rede obstétrica que contribui para expor mãe e bebê a situações de vulnerabilidade e sofrimento.