Descrição espacial das micobactérias não causadoras de tuberculose (MNT) no Brasil, 2006 a 2018

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, William Marco Vicente da
Orientador(a): Ramos, Jesus Pais
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/55302
Resumo: As micobactérias não causadoras de tuberculose (MNT) são geralmente isoladas do meio ambiente, sendo as espécies classificadas como não patogênicas, potencialmente patogênicas e patogênicas. Atualmente, são mais de 170 espécies descritas. As MNT são facilmente aerossolizadas, sendo subsequentemente inaladas, o que é a principal rota para infecção pulmonar. Apesar das infecções pulmonares corresponderem ao maior número de infecções por MNT, essas micobactérias são responsáveis também por infecções extrapulmonares. O presente estudo tem como objetivo analisar a diversidade e a distribuição das MNT no Brasil, recebidas pelo Laboratório de Referência Nacional de Tuberculose e Micobacterioses Ângela Maria Werneck do Centro de Referência Professor Hélio Fraga/ ENSP/ Fiocruz, identificando as espécies mais frequentes no período de 2006 a 2018, além de analisar os dados epidemiológicos disponíveis. O estudo mostrou que as espécies mais encontradas foram Mycobacterium avium, Mycobacterium abscessus, Mycobacterium kansasii, Mycobacterium fortuitum e Mycobacterium gordonae, respectivamente. Dos 2937 casos de MNT estudados, 51,5% são do sexo masculino e 47,1% do total de casos apresentaram idade superior a 50 anos. As regiões sul e sudeste concentram a maior parte dos casos descritos. Os resultados apresentados nesse estudo, mostram as infecções por MNT como um importante problema de saúde pública, ressaltando a importância dos estudos epidemiológicos como ferramenta de monitoramento dos casos de MNT, prevenção de novos surtos no Brasil e organização dos serviços.