Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Lima, Joana Carolina Viana |
Orientador(a): |
Saad, Maria Helena Feres |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/25152
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Resumo: |
As infecções por MNT são identificadas em diferentes regiões do mundo, acomete seres humanos em diferentes tecidos, incluindo doenças pulmonares crônicas que são mais debilitantes em idosos. Na forma pulmonar, apresenta-se clinicamente indistinguivel de tuberculose (TB), o que torna o diagnóstico laboratorial imprescindível para o bom prognóstico do paciente que deve receber terapia baseada na confirmação/identificação da espécie. Em 2015, foram introduzidas técnicas moleculares automatizadas para identificação de micobactérias no Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Costa Alvarenga do Piauí (LACEN-PI) e trabalho de sensibilização para melhorar a estratégia diagnóstica foi realizada na clínica médica dos municípios. Este estudo, portanto, tem por objetivo identificar o perfil clínico, epidemiológico e laboratorial de cepas de micobactérias não tuberculosas isoladas de pacientes, cujos espécimes clínicos foram referenciados para o LACEN-PI, responsável pelo diagnóstico de micobactérias no estado, analisando os dados compilados entre 2010 e 2016. Entre as 123 culturas isoladas em meio sólido de Ogawa-Kudoh e Lowenstein-Jensen, e que a macroscopia e microscopia sugeriam crescimento de MNT, os testes moleculares (PRA-hsp65) e fenotípicos confirmaram 39 isolados (32,77%) oriundos de espécimes pulmonares (94,9%; 37/39) e extrapulmonares (5,1%; 2/39) de pacientes a maioria, com idade média \2265 50 anos, e um único portador de HIV/AIDS. Predominância de espécies do grupo M. abscessus (33 %,13/39) e Complexo MAC (26 %), 10/39; foi observado, seguido de M. kansasii (10 %), 4/39, M. asiaticum e Mycobacterias sp. (8 %, 3/39, cada) e M. heidelbergense, M. simiae, M. sherisse e M. szulgai (2,5 %, 1/39, cada). Isolados do grupo M. abscessus estavam associados a pacientes do sexo masculino A maioria dos pacientes são aposentados ou com atividades do lar (41 %,16/39). É interessante notar que após a introdução das técnicas moleculares de identificação em 2015 o percentual de MNT identificadas aumentou em 2016 onde em apenas 6 meses 20% dos casos suspeitos de MNT foram confirmados. Análise do desfecho dos casos mostrou que 5 % abandonaram o tratamento e 74,4% (29/39) tem relação com tratamento anterior para tuberculose. Este estudo confirma o perfil epidemiológico de isolamento de MNT de espécimes pulmonares, em pacientes idosos e com comorbidade; entretanto maior frequência do grupo M. abscessus é incomum e merece maior investigação no Piauí, pois oferece menor taxa de cura, devido a sua intrínseca resistência as drogas. Isolamento de MNT no Piauí, onde a TB é mais prevalente, tem taxa anual baixa, entretanto isto pode estar associado aos poucos estudos no campo e carência de laboratórios melhores equipados para sua identificação. Nossos dados mostram que as MNT pode ser um importante problema de saúde pública e, portanto, as investigações epidemiológicas são necessárias para melhor monitorar sua distribuição e amparar decisões terapêuticas |