Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Gouvêa, Maria Isabel Fragoso da Silveira |
Orientador(a): |
Brasil, Pedro Emmanuel Alvarenga Americano do |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/26511
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Resumo: |
Introdução: Streptococcus do Grupo B (EGB) continua a ser a causa mais frequente de doença infecciosa neonatal. A colonização materna por EGB é o principal fator de risco para a doença invasiva neonatal precoce. Muitos testes moleculares rápidos, como a reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR) automatizada, foram desenvolvidos, mas há poucos dados sobre o seu desempenho em gestantes infectadas com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). A colonização materna por EGB pode ser crônica, transitória e intermitente, e pode ser recorrente em gestações subsequentes. Poucos estudos avaliaram a taxa de recolonização e as variáveis associadas com a recolonização em gravidez subsequente. Objetivos: O objetivo do estudo foi avaliar o desempenho de um teste RT-PCR automatizado para a detecção pré-natal de Streptococcus do Grupo B em gestantes infectadas pelo HIV e adicionalmente descrever a frequência de recolonização por EGB e os possíveis fatores de risco na primeira e segunda gestação associados à recolonização. Métodos: O primeiro estudo foi um estudo transversal em uma coorte de mulheres grávidas infectadas pelo HIV. Entre 35-37 semanas de gestação, um par de swabs retovaginais combinados foi coletado para realização de cultura convencional e do RT-PCR comercial GeneXpert GBS (Cepheid, Sunnyvale, CA, EUA). Utilizando a cultura como teste de referência, a sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN), as razões de verossimilhança positiva e negativa foram estimadas; no segundo estudo foram avaliados dados sociodemográficos, clínicos e laboratoriais de todas as pacientes infectadas pelo HIV que tiveram 2 ou mais gestações consecutivas, e que foram rastreadas para EGB em ambas as gestações e os fatores de risco associados com a recolonização por EGB na gestação subsequente foram investigados Resultados: A partir de junho 2012 a fevereiro de 2015, trezentos e trinta e sete gestantes preencheram os critérios de inclusão; 336 foram incluídas nas análises. A taxa de colonização pelo EGB foi de 19.04%. Sensibilidade e especificidade do ensaio Xpert GBS foi 85.94% (IC 95%, 75.38-92.42) e 94.85% (IC 95%, 91.55-96.91). O VPP e o VPN foram 79.71% (95% CI, 68.78-87.51) e 96.63% (IC 95%, 93.72-98.22). No segundo estudo, foram analisados dados de 75 pacientes incluídas de agosto de 2008 a agosto 2015 (16/91 elegíveis foram excluídas). A taxa de recolonização foi de 53.3% na gestação subsequente. Presença de Diabetes mellitus gestacional (DMG) materno e baixo peso do neonato na primeira gestação e uso de drogas ilícitas na gestação subsequente foram associados com recorrência do EGB. Conclusões: GeneXpert é um teste com bom desempenho para identificação da colonização pré-natal por EGB em gestantes infectadas pelo HIV e é uma boa opção onde a cultura não é viável. A taxa de recolonização em gestação subsequente foi 53.3%. DMG e baixo peso do neonato na gestação anterior e uso de drogas ilícitas na gestação subsequente incrementaram a ocorrência de colonização na gestação subsequente. |